MC atinge taxa de reciclabilidade de 86% e prevê reduzir emissões para metade

A casa-mãe das lojas Continente atingiu importantes marcos em 2023, em termos de sustentabilidade, e aponta agora para metas ainda mais ambiciosas

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A MC atingiu em 2023 uma taxa de reciclabilidade de 86% das suas embalagens de plástico e uma redução de 34% das suas emissões próprias de gases com efeito de estufa, face a 2018.

Agora, a empresa estabelece metas ainda mais ambiciosas, até 2032, as quais foram já validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi), o que fez com que a MC se tornasse a primeira retalhista portuguesa a assumir este compromisso global. Nomeadamente, reduzir em 51% as emissões de gases com efeito de estufa das suas operações e em 31% as emissões da sua cadeia de abastecimento, até 2032, comparativamente aos valores de 2022. 

Recorde-se ainda que a MC está ainda comprometida com a neutralidade carbónica das suas operações até 2040.

Reciclabilidade de 86% das embalagens de plástico

A MC tem vindo a eliminar materiais e a substituir outros por soluções mais sustentáveis, com o objetivo de que todas as embalagens das suas marcas próprias e exclusivas (Continente, Kasa, entre outras) se tornem recicláveis, compostáveis ou reutilizáveis até 2025. 

Para alcançar este desígnio, a MC criou iniciativas concretas como o Manual de Packaging, que sistematiza as orientações a considerar no processo de desenvolvimento ou alteração das embalagens dos produtos de marca própria. Este manual deu ainda origem a um percurso formativo para colaboradores e fornecedores.

Assim, através de um plano abrangente de alteração das embalagens, a empresa conseguiu atingir, em 2023, uma taxa de reciclabilidade de 86% das embalagens de plástico.

Procuramos eliminar embalagens ou componentes sempre que estas não sejam estritamente necessárias; reduzir a quantidade de embalagem para as dimensões e gramagens mínimas, desde que garantam a preservação do produto e a funcionalidade da própria embalagem; diminuir a quantidade de material virgem, privilegiando, sempre que possível, a incorporação de material reciclado; promover a qualidade e a facilidade do processo de reciclagem, privilegiando o uso de monomateriais.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

Ao mesmo tempo, com o objetivo de melhorar e intensificar a informação junto dos consumidores, através de uma comunicação que promova comportamentos mais sustentáveis, a empresa criou, em parceria com a Sociedade Ponto Verde, uma iconografia que indica, de forma simples, os comportamentos a adotar para um descarte adequado das embalagens.

Redução de 34% das emissões próprias de CO2

Ainda relativamente aos resultados conseguidos em 2023, a empresa atingiu uma redução de 34% das emissões próprias de gases com efeito de estufa, face a 2018.  

Este resultado é fruto de um percurso ancorado no “Roadmap de Ação Climática”, desenhado pela MC e que assenta em quatro áreas de atuação: 

  1. implementação de medidas de ecoeficiência; 
  2. eletrificação dos consumos, com particular enfoque no last mile e nas viaturas ligeiras;
  3. programa de alteração das centrais de frio; 
  4. investimento na produção e aquisição de energia produzida, efetivamente, a partir de fontes renováveis.

Em termos concretos, para alcançar este resultado, a MC:

# investiu na instalação de equipamentos e sistemas com melhor desempenho – tanto ao nível do frio, como da climatização e da iluminação das suas lojas;

O programa de alteração das nossas centrais de frio sofreu um forte impulso no último ano com a renovação de 20 centrais. Um investimento significativo que terá reflexos mais expressivos nos próximos anos.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

# atingiu as cerca de 80 instalações certificadas ambientalmente, de acordo com a Norma ISO 14001, onde estão incluídos todos os entrepostos logísticos;

# em relação ao transporte de mercadorias, tem vindo a assegurar, de forma consistente, uma maior eficiência de rotas, cargas e viaturas;

A gestão cada vez mais eficiente das rotas, incluindo consolidação de cargas e um melhor aproveitamento da logística inversa, tem promovido impactos positivos na redução da pegada carbónica dos transportes de mercadorias. 

Ao nível das viaturas, a MC tem acompanhado a evolução da tecnologia, prevendo-se uma crescente eletrificação da frota de viaturas ligeiras.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

# atingiu os 254 pontos de carregamento para viaturas elétricas, distribuídos por 69 lojas;

A instalação de postos de carregamento para viaturas elétricas, através do Plug & Charge, representa um contributo relevante para o Roadmap de Ação Climática da MC não só pela promoção da mobilidade elétrica, mas também porque permite integrar energia renovável produzida nas lojas Continente.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

# aumentou a sua capacidade de produção de energia renovável, tendo encerrado 2023 com 264 centrais instaladas e em funcionamento – o que permitiu um crescimento da potência instalada de cerca de 40,5% face a 2022.

Metas ambiciosas para 2032

É através do seu “Roadmap de Ação Climática” e de uma forte política de sustentabilidade interna que a empresa assume agora a ambição de reduzir em 51% as emissões de gases com efeito de estufa das suas operações até 2032, face a 2022, e em 31% as emissões da sua cadeia de abastecimento.

Estas metas foram validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi), fazendo com que a MC se tornasse a primeira retalhista portuguesa com metas validadas por esta iniciativa internacional, criada entre o Carbon Disclosure Project (CDP), o Pacto Global das Nações Unidas, o Instituto de Recursos Mundiais e o Fundo Mundial para a Natureza. Desde 2015, mais de 1000 empresas já aderiram a esta iniciativa, cujo objetivo é auxiliar empresas a estabelecer metas de redução de emissões em linha com a ciência climática, para limitar o aquecimento global. 

O Roadmap de Ação Climática é um instrumento que revisitamos e desafiamos todos os anos de forma a acelerar a nossa ação – integrando o mais recente conhecimento e desenvolvimento tecnológico – e atualizando os pressupostos sobre os quais foi desenvolvido, sempre que se justifique. É acompanhado de forma próxima e regular no Fórum de Energia da MC. O que permite, por um lado, agilizar a adoção de novas medidas, a par de uma monitorização e acompanhamento mais próximo de toda a operação e alinhamento entre diferentes equipas. Por outro lado, procuramos, sempre que possível, conciliar as medidas previstas neste Roadmap com o plano de remodelações das nossas lojas e integrá-las, desde logo, na conceção e construção das novas lojas. Não se verificando alterações significativas ao nosso contexto e envolvente, estimamos que a execução consistente e disciplinada do Roadmap nos permitirá atingir o target definido para 2032.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

Reduzir emissões da cadeia de abastecimento

A redução de 31% das emissões da cadeia de abastecimento, definida para 2032, envolve um alinhamento e colaboração entre os diferentes players. 

A MC tem vindo a desenvolver um trabalho conjunto com os seus fornecedores. Destaca-se o Footprint MC, uma plataforma desenvolvida com a intenção de monitorizar e ajudar os produtores a reduzirem a pegada ambiental dos seus produtos.

Desenvolvemos o Footprint MC com o objetivo de dotarmos os nossos fornecedores de informação relativa à pegada carbónica e hídrica dos produtos que nos fornecem.  Para o efeito, abrimos, anualmente, a plataforma e convidamos os nossos produtores a submeterem informação relativa às suas explorações. Com base nessa informação calculamos a pegada dos produtos, informamos os produtores sobre a evolução registada face a exercícios anteriores, identificamos áreas e oportunidades de melhoria, bem como o posicionamento face à média dos fornecedores MC. 

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

Paralelamente, a MC tem vindo a trabalhar com os fornecedores da indústria de forma a mapear as principais iniciativas em curso e ampliar os seus esforços e impacto. 

A empresa foi ainda pioneira no desenvolvimento de uma solução de confirming ESG (Environmental, Social and Governance) que permite aos fornecedores receberem antecipadamente o pagamento das faturas em condições indexadas a critérios de sustentabilidade. 

Estes esforços são complementados por iniciativas de sensibilização e promoção de um consumo mais responsável junto dos nossos consumidores. Campanhas e iniciativas como a Dieta do Planeta ou Poupe o Planeta são exemplos da forma como temos levado este tema ao consumidor.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

Declaração para a Sustentabilidade do Clube de Produtores

Ainda dentro da sua cadeia de abastecimento, a MC criou há 25 anos um modelo único, a nível europeu, de parceria entre produtores e retalho: o Clube de Produtores Continente

Este Clube conta atualmente com 344 membros, que contam com o apoio da retalhista para integração de práticas de sustentabilidade. 

Com foco na produção nacional, inovação e capacitação dos produtores, o Clube de Produtores Continente presta apoio técnico aos seus membros. O reconhecimento é feito através de um sistema integrado de certificação, onde são avaliados indicadores de qualidade, segurança alimentar, desempenho ambiental, bem-estar animal e responsabilidade social.

Mariana Pereira da Silva, Head of Sustainability da MC

Para promover a produção e o consumo sustentáveis, e um sistema alimentar que respeita o ambiente, o Clube de Produtores Continente estabeleceu em 2021, uma Declaração para a Sustentabilidade baseada em 11 princípios. Estes princípios materializam-se em dezenas iniciativas, com data de implementação até 2024. Uma delas é o projeto de fertilização da terra que dois produtores do Clube de Produtores estão a desenvolver no Baixo Alentejo.

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