Conheça o projeto do Clube de Produtores Continente que está a fertilizar o Baixo Alentejo

Para celebrar os seus 25 anos, o Clube de Produtores Continente realizou uma entrega de prémios em 2023. Conheça o projeto vencedor em "sustentabilidade"
Clube de Produtores Continente

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O Clube de Produtores Continente completou 25 anos em 2023. Desde 1998 que esta plataforma se dedica à promoção das melhores práticas de produção para elevar a qualidade da alimentação que Portugal tem para oferecer. 

Ao promover a autenticidade dos produtos produzidos com elevados padrões de qualidade e segurança, o Clube de Produtores Continente destaca-se enquanto modelo único de parceria entre produtores e retalho, a nível europeu.

Atualmente, o Clube conta com 340 membros, que em conjunto são responsáveis por cerca de 200 mil hectares de terra produtiva, espalhados de Norte a Sul do país, Açores e Madeira. 

Ao mesmo tempo, estes produtores são o sustento de 11 000 trabalhadores e percorrem áreas tão diversas como frutas e legumes, talho, queijos, pastelaria, azeite, vinhos, patês, mel, entre muitos outros. 

Raízes para o futuro

Os membros do Clube têm crescido a par e passo com a MC. Só em 2022, o Clube foi responsável por fazer chegar cerca de 240 000 toneladas de alimentos às mais de 300 lojas Continente, o que equivale a 570 milhões de euros em produtos nacionais certificados (um aumento de 22,6% face ao ano anterior).

Para celebrar este meio século de história, o Clube premiou seis empresas nacionais que se destacam pela sua excelência, inovação e sustentabilidade. A entrega de prémios aconteceu no último encontro anual, que se realizou em Lisboa, em outubro de 2023, e que ficou também marcado pela discussão em torno do tema “A Criar Raízes Sustentáveis para o Futuro”.

“A biodiversidade e os serviços de ecossistemas são vitais para todos. Conservar a natureza e garantir a segurança alimentar do ponto de vista da disponibilidade e também da qualidade são tarefas que todos os dias os nossos produtores acautelam”

Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente

Prémio Sustentabilidade

No seguimento destes prémios, damos-lhe a conhecer uma das empresas vencedoras na categoria de sustentabilidade – a  Sociedade Agrícola Monte Novo e Figueirinha

Em parceria com a Queijaria Guilherme (outro membro do clube) e a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva), esta sociedade está a desenvolver, no Baixo Alentejo, um projeto de compostagem que visa a fertilização dos solos agrícolas. 

Falamos com Filipe Ramos, o diretor-geral da Sociedade Agrícola Monte Novo e Figueirinha, que nos revela um pouco mais sobre o seu trabalho:

Filipe Ramos, Figueirinha
Filipe Ramos acompanha o crescimento da Sociedade Agrícola Monte Novo e Figueirinha desde o início

#O que faz a Sociedade?

A Sociedade Agrícola Monte Novo e Figueirinha é uma empresa familiar do ramo agroindustrial que se dedica à produção de uvas, azeitonas, amêndoas e produz vinho e azeite que embala e comercializa. Atualmente também está a produzir composto orgânico para consumo próprio e para comercializar.

#Que práticas de sustentabilidade aplica na sua produção?

Sempre tivemos ao abrigo da produção integrada, do uso eficiente da água, do enrelvamento na entrelinha, entre outras práticas. Neste momento, estamos a implementar novos planos de sustentabilidade, quer para a vinha quer para o olival. Além disso, recentemente começamos a compostar todos os subprodutos que produzimos para produzir composto orgânico.

#Em que fase está o projeto de compostagem no Baixo Alentejo? 

O nosso projeto está em fase de produção, neste momento as pilhas estão feitas e a compostagem está em processo. 

#Quais os benefícios deste projeto para o negócio e para a região?

Os benefícios são de diversa ordem: para além de darmos um fim digno ao bagaço de azeitona, sem cheiros e sem fumo, estamos a preencher uma lacuna grande que é a falta de matéria orgânica de qualidade no nosso país. Este projeto permite não só compostar todos os subprodutos da Herdade da Figueirinha mas como os de uma série de outros membros do Clube de Produtores Continente que partilham a preocupação de valorizar os seus resíduos e aumentar a circularidade nas suas empresas.  

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