“O design biofílico faz com que as pessoas adotem comportamentos mais sustentáveis”
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4ª edição do Festival da Comida Continente ainda mais sustentável.
Já imaginou como será planear um evento com a dimensão do Festival da Comida Continente? Em apenas dois dias, passaram milhares de pessoas pelo Parque da Cidade do Porto. Por detrás do programa que aliou entretenimento e alimentação, a logística que antecipa a sua concretização implica um planeamento no qual todos os detalhes contam, antes, durante e após o evento. Fizemos algumas perguntas a Nádia Reis, diretora de Brand Engagement do Continente e a Ana Simão, da Expanding, responsável pela produção do FCC, sobre como é pensar o evento do ponto de vista da sustentabilidade.
Sabia que a MC foi o primeiro retalhista a formular e divulgar uma política de ambiente, em 1998? Nádia Reis reafirma que, para a MC, “já há muito que são obrigatórias” e há mais de 20 anos que a sustentabilidade “nunca saiu das nossas prioridades”, defendeu a responsável pela comunicação da marca. Apontando ao presente, refere o compromisso público assumido na “Estratégia para o Uso Responsável do Plástico” como uma “nova etapa na luta por uma pegada ecológica global e sustentável”. “É mais um exemplo da nossa atuação no que diz respeito à sustentabilidade ambiental”.
Ana Simão, produtora do evento, assegura que a sustentabilidade “sempre foi uma preocupação da Expanding e do Continente” e aponta, como exemplo, a “Festa Continente” de 2016, que foi certificada pela APCER com o ISO 20121 de evento sustentável, “na altura”, recorda, “com práticas ainda pouco usuais.” Na última edição do FCC antes da pandemia, em 2019, a Sociedade Ponto Verde atribuiu a Certificação 3R6 ao evento – uma avaliação à organização e marcas parceiras para minimização do impacto ambiental dos resíduos produzidos.
Durante o FCC, os vários espaços de alimentação disponíveis serviram mais de 50 mil refeições, sempre em pratos e com utensílios plastic-free, além de todas as bebidas serem servidas em copos reutilizáveis.
Nádia Reis, Continente
“Temos [a Expanding] esta preocupação na realização de qualquer tipologia de evento”, explicou Ana Simão, “ainda que a dimensão do FCC torne tudo mais complexo e seja preciso muito mais empenho e coordenação para pôr em prática todas as medidas”, confessou.
Nádia Reis, do Continente, referiu várias das medidas de sustentabilidade desta 4ª edição do FCC, como “a política de brindes sustentáveis (úteis e reutilizáveis), a utilização de bicicletas e carros elétricos para deslocação do staff no interior do recinto, o reforço da rede de transportes coletivos para os visitantes e a utilização de mobiliário fabricado a partir de paletes”. Destaca-se, por exemplo, a parceria com a Câmara Municipal do Porto para que “o lixo orgânico gerado durante o festival fosse encaminhado para compostagem, além de todos os restantes resíduos separados e encaminhados para reciclagem.”
No final do festival todos os excedentes alimentares das cozinhas dos chefs e outras áreas do recinto, foram doados ao Banco Alimentar Contra a Fome do Porto e à Refood, com o objetivo de evitar o desperdício alimentar e, ao mesmo tempo, apoiar a comunidade local – áreas de atuação de reconhecida importância para a marca.
Nádia Reis, Continente
Ana Simão nomeou outras medidas, para além do visível ‘plastic free’:
Nádia Reis acrescentou ainda que, além da proteção do ambiente, o festival também apostou na inclusão e na diversidade: “Para nós, há mais preocupações de sustentabilidade além das ambientais.” Com o objetivo específico de sensibilizar para uma alimentação saudável e um consumo consciente (como a preferência por alimentos nacionais e da época ou a importância de reciclar, exemplificou), a Escola Missão Continente também marcou presença, através de um jogo onde participaram milhares de famílias.
Também o Plástico Responsável Continente esteve simbolicamente presente no evento, com algumas mensagens desafiadoras:
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