Aproveitar os descontos da Black Friday sem culpas? Movimentos Green Friday e Giving Tuesday podem ajudar
Iniciativas pretendem sensibilizar os consumidores para uma maior consciência ambiental na hora de aproveitar os descontos da “Black Friday”
Da árvore de Natal aos plásticos para cobrir comida. Será que todos os plásticos podem ser reciclados?
Nesta época festiva, é difícil evitar o plástico. Os presentes de Natal com os seus muitos embrulhos e invólucros, os enfeites de época, e os plásticos usados para conservar a comida são apenas alguns exemplos. Será que todos podem ser reciclados? Se não, qual a alternativa?
Embora as árvores artificiais possam e devam ser reutilizadas pelo máximo de tempo possível, não duram para sempre. Se o seu pinheiro de Natal está demasiado velho e vai ter mesmo de livrar-se dele, saiba que provavelmente não pode ser reciclado. A maior parte dos centros de reciclagem só aceita embalagens de plástico, o que significa que tudo o resto vai parar a um aterro sanitário. Isto acontece não por má vontade, mas porque outros plásticos que não embalagens derreterem a temperaturas diferentes e isso dificulta muito o processo, podendo até inviabilizá-lo.
Fabricadas com metais e PVC, as árvores de Natal não são biodegradáveis e vão portanto poluir o meio ambiente. Antes de descartar a sua árvore, pense se não será possível dar-lhe uma outra vida, transformando-a num novo objeto. Pode aproveitar os ramos para uma coroa de Natal, um centro de mesa ou até anéis para guardanapos.
Se se cansa com facilidade das decorações de Natal e gosta de mudá-las todos os anos, opte por reaproveitar objetos que tem em casa ou por fabricar enfeites biodegradáveis, como os cozinhados no forno com massa de farinha e sal.
É usado inúmeras vezes para envolver cabazes de Natal, embora existam outras opções igualmente práticas e atraentes, bem mais amigas do ambiente.
Há uma grande confusão em relação a este material. Há quem diga que é papel, há quem garanta que é plástico. Ambos podem estar certos. O celofane pode ser de celulose ou de plástico. Para distinguir, faça um teste: tente rasgar. Se rasgar, é celulose, e deve ser colocado no ecoponto azul. Se esticar, é porque se trata de plástico. Neste último caso, é um problema maior porque corre o risco de ser excluído do processo de reciclagem. Os plásticos mais finos são difíceis de reciclar e muitas vezes encravam as máquinas, acabando mesmo descartados no processo de triagem dos centros de reciclagem. Evite ao máximo a sua utilização.
À semelhança do celofane, nem sempre são fáceis de reciclar. Desembrulhe os seus presentes sempre com cuidado, de maneira a poder reutilizar laços e embrulhos. No poupar é que está o ganho, para si e para o ambiente.
Todas as embalagens de plástico podem ser recicladas.
No que toca às embalagens de brinquedos, é muito comum serem fabricadas com uma janela em termoplástico para exibir o interior. Esse elemento também é reciclável. Não se esqueça de separar devidamente as partes de papel e cartão que devem ser depositadas no ecoponto azul.
Acha a película aderente ótima para cobrir os pratinhos com as sobras? O ambiente precisa que mude de ideias urgentemente. Tal como acontece com o celofane e outros plásticos finos, é problemático. Reciclar película aderente é mais dispendioso do que fabricar plástico virgem, daí que este material acabe em aterros sanitários, onde pode libertar uma substância tóxica chamada dioxina.
Em vez de cobrir os alimentos com película aderente, guarde-os em recipientes fechados com tampa. Em alternativa, envolva-os em bee’s wrap – pedaços de tecido de algodão com cera de abelha. Pode fazer bee’s wrap em casa com tecido de que já não precise ou comprar já pronto. É lavável e vai durar-lhe até um ano.
Embora não se trate de plástico, mas sim de uma folha metálica, entendemos que o devíamos mencionar neste artigo porque o impacto ambiental e as alternativas são em muito semelhantes aos da película aderente.
Precisou de papel-alumínio para cobrir o peru no forno? Na natureza, o papel-alumínio, ou papel de prata, pode levar 300, ou até 500 anos, a decompor-se. Um pedaço abandonado hoje no meio ambiente pode ser encontrado pelo seu decaneto (10ª geração de netos). À partida, o papel-alumínio é reciclável, mas confirme sempre na embalagem.
O ideal seria substituí-lo por algo reutilizável, como um testo de uma panela ou uma tampa de vidro. A tampa de vidro permite ver o cozinhado a todo o momento, sem precisar destapar para saber, por exemplo, se ainda tem molho ou não.
Menos plástico e menos metal, só vantagens!
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