Desperdício de Natal: o plástico que pode e o que não pode ser reciclado

Da árvore de Natal aos plásticos para cobrir comida. Será que todos os plásticos podem ser reciclados?
Desperdício de Natal: o plástico que pode e o que não pode ser reciclado

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Nesta época festiva, é difícil evitar o plástico. Os presentes de Natal com os seus muitos embrulhos e invólucros, os enfeites de época, e os plásticos usados para conservar a comida são apenas alguns exemplos. Será que todos podem ser reciclados? Se não, qual a alternativa? 

É possível reciclar a árvore de Natal e enfeites?

Embora as árvores artificiais possam e devam ser reutilizadas pelo máximo de tempo possível, não duram para sempre. Se o seu pinheiro de Natal está demasiado velho e vai ter mesmo de livrar-se dele, saiba que provavelmente não pode ser reciclado. A maior parte dos centros de reciclagem só aceita embalagens de plástico, o que significa que tudo o resto vai parar a um aterro sanitário. Isto acontece não por má vontade, mas porque outros plásticos que não embalagens derreterem a temperaturas diferentes e isso dificulta muito o processo, podendo até inviabilizá-lo. 

Fabricadas com metais e PVC, as árvores de Natal não são biodegradáveis e vão portanto poluir o meio ambiente. Antes de descartar a sua árvore, pense se não será possível dar-lhe uma outra vida, transformando-a num novo objeto. Pode aproveitar os ramos para uma coroa de Natal, um centro de mesa ou até anéis para guardanapos.

Se se cansa com facilidade das decorações de Natal e gosta de mudá-las todos os anos, opte por reaproveitar objetos que tem em casa ou por fabricar enfeites biodegradáveis, como os cozinhados no forno com massa de farinha e sal.

O que fazer com embrulhos e invólucros em plástico?

Celofane

É usado inúmeras vezes para envolver cabazes de Natal, embora existam outras opções igualmente práticas e atraentes, bem mais amigas do ambiente. 

Desperdício de Natal: o plástico que pode e o que não pode ser reciclado
Imagem: Pinterest

Há uma grande confusão em relação a este material. Há quem diga que é papel, há quem garanta que é plástico. Ambos podem estar certos. O celofane pode ser de celulose ou de plástico. Para distinguir, faça um teste: tente rasgar. Se rasgar, é celulose, e deve ser colocado no ecoponto azul. Se esticar, é porque se trata de plástico. Neste último caso, é um problema maior porque corre o risco de ser excluído do processo de reciclagem. Os plásticos mais finos são difíceis de reciclar e muitas vezes encravam as máquinas, acabando mesmo descartados no processo de triagem dos centros de reciclagem. Evite ao máximo a sua utilização.

Laços e embrulhos de plástico

À semelhança do celofane, nem sempre são fáceis de reciclar. Desembrulhe os seus presentes sempre com cuidado, de maneira a poder reutilizar laços e embrulhos. No poupar é que está o ganho, para si e para o ambiente.

Imagem: Unsplash

Embalagens de brinquedos e outras

Todas as embalagens de plástico podem ser recicladas.

No que toca às embalagens de brinquedos, é muito comum serem fabricadas com uma janela em termoplástico para exibir o interior. Esse elemento também é reciclável. Não se esqueça de separar devidamente as partes de papel e cartão que devem ser depositadas no ecoponto azul.

Imagem: Continente

Plástico usado para conservar sobras de alimentos é reciclável?

Película aderente

Acha a película aderente ótima para cobrir os pratinhos com as sobras? O ambiente precisa que mude de ideias urgentemente. Tal como acontece com o celofane e outros plásticos finos, é problemático. Reciclar película aderente é mais dispendioso do que fabricar plástico virgem, daí que este material acabe em aterros sanitários, onde pode libertar uma substância tóxica chamada dioxina

Imagem: Unsplash

Em vez de cobrir os alimentos com película aderente, guarde-os em recipientes fechados com tampa. Em alternativa, envolva-os em bee’s wrap – pedaços de tecido de algodão com cera de abelha. Pode fazer bee’s wrap em casa com tecido de que já não precise ou comprar já pronto. É lavável e vai durar-lhe até um ano.

Bónus: Papel-alumínio

Embora não se trate de plástico, mas sim de uma folha metálica, entendemos que o devíamos mencionar neste artigo porque o impacto ambiental e as alternativas são em muito semelhantes aos da película aderente.

Precisou de papel-alumínio para cobrir o peru no forno? Na natureza, o papel-alumínio, ou papel de prata, pode levar 300, ou até 500 anos, a decompor-se. Um pedaço abandonado hoje no meio ambiente pode ser encontrado pelo seu decaneto (10ª geração de netos). À partida, o papel-alumínio é reciclável, mas confirme sempre na embalagem. 

Imagem: Unsplash

O ideal seria substituí-lo por algo reutilizável, como um testo de uma panela ou uma tampa de vidro. A tampa de vidro permite ver o cozinhado a todo o momento, sem precisar destapar para saber, por exemplo, se ainda tem molho ou não. 

Menos plástico e menos metal, só vantagens!

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