A conclusão é do New York Times, que destaca alguns projetos inovadores.
Segundo o The New York Times, apesar da pandemia, as pessoas continuam
interessadas no tema do plástico e em evitar o descartável. Num artigo publicado a 27 de maio, o jornal norte-americano apresenta algumas
empresas que propõem materiais sustentáveis e alternativos ao plástico de
origem fóssil.
Depois de um breve contexto sobre
as proibições no último ano, refere-se a possibilidade de um retrocesso na
eliminação do plástico de uso único devido à covid-19, como já havíamos alertado quando citámos a investigadora portuguesa
Maria Elvira Callapez. Voltando à ideia de que os consumidores não puseram de
parte as preocupações ambientais, Troy Swope, um dos entrevistados pelo New
York Times, afirma mesmo que “felizmente, não ouvimos ninguém a dizer que
já não está preocupado com a sustentabilidade porque neste momento está focado
apenas na sobrevivência”.
Swope é diretor da Footprint , uma empresa que produz fibras de celulose
como alternativa ao plástico de uso único. Foram os responsáveis, por exemplo,
pelo fornecimento da “loiça” descartável no megaevento desportivo Super Bowl.
Sobre o que distingue os seus produtos, o responsável pela empresa destaca a
importância da conservação que o material permite e que, tal como o plástico,
evita o desperdício alimentar. Além de garantir a biodegradabilidade e a
compostagem completas, esta fibra natural pode ir ao microondas, ao contrário
do plástico. ”Ambientalista acidental”, como descrito no artigo, Troy Swope era
engenheiro da gigante informática Intel e começou a considerar alternativas às
toneladas de plástico que utilizavam para embalar os seus produtos. Foi também
constatando a crescente poluição dos oceanos com plástico em algumas zonas do
globo e decidiu agir e criar um projeto exclusivamente dedicado à inovação e
investigação de materiais alternativos e mais sustentáveis do que o plástico.
Outra empresa referida no artigo é a Notpla, cuja matéria-prima alternativa ao plástico é extraída a partir de algas marinhas. A principal inovação da marca é o Ooho, um pequeno recipiente comestível, semelhante às cápsulas de detergente da máquina de lavar loiça, por exemplo, que serve essencialmente para embalar doses individuais de condimentos. O material é biodegradável, desaparecendo na terra entre quatro a seis semanas, dependendo das condições atmosféricas. A Notpla foi notícia no ano passado pela parceria com uma marca de bebidas energéticas na maratona de Londres, distribuindo aos atletas pequenas doses da bebida nas cápsulas Ooho. Também uma destilaria escocesa promoveu a distribuição de cocktails à base de whisky neste recipiente à base de algas e foi um sucesso online.
Por último, convidamo-lo, caro leitor, a imaginar a chegada de um novo eletrodoméstico a casa… e o respectivo processo de desembalamento. É quase certo que, além de algum plástico, terá umas quantas peças de esferovite para proteção (sabia que a esferovite é poliestireno expandido, umtipo de plástico?). A ideia daEcovative Design foi criar uma alternativa a essa esferovite tipicamente utilizada no interior das embalagens de produtos mais frágeis. Como? Usam um tecido retirado dos cogumelos, chamado micélio, para criar moldes que são depois preenchidos com resíduos agrícolas como lascas de madeira. Melhor: a embalagem pode ser usada como fertilizante para a terra.
Ideias não faltam, importante é
assegurar que o plástico não saia da cadeia de transformação e não vá parar à
natureza.
Conversamos com um dos fundadores da Biggest Mini Forest, projeto que está a ensinar quem tenha um pequeno terreno a cultivar uma mini floresta comestível, biodiversa e que fomenta a regeneração do solo
Recolha de embalagens de plástico de iogurte e similares estará disponível de 29 de abril a 30 de novembro em lojas Continente selecionadas. Com esta iniciativa, os agrupamentos escolares recebem donativos pela quantidade recolhida
Foi a 25 de setembro de 2015 que as Nações Unidas adotaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Conheça os esforços que Portugal tem feito para os alcançar
Conversamos com um dos fundadores da Biggest Mini Forest, projeto que está a ensinar quem tenha um pequeno terreno a cultivar uma mini floresta comestível, biodiversa e que fomenta a regeneração do solo
Recolha de embalagens de plástico de iogurte e similares estará disponível de 29 de abril a 30 de novembro em lojas Continente selecionadas. Com esta iniciativa, os agrupamentos escolares recebem donativos pela quantidade recolhida
Foi a 25 de setembro de 2015 que as Nações Unidas adotaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Conheça os esforços que Portugal tem feito para os alcançar
Todos já ouvimos falar dela mas será que sabemos o que realmente é? Como se forma e como protege a vida no planeta? E como a atividade humana está a destruí-la?