Aproveitar os descontos da Black Friday sem culpas? Movimentos Green Friday e Giving Tuesday podem ajudar
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Depois de um longo período de eventos online, a conferência promovida pela Associação Smart Waste Portugal (ASWP) e pela Fundação de Serralves juntou presencialmente, num auditório completamente lotado, dezenas de interessados em ouvir quais os caminhos para a construção de um modelo baseado na economia circular.
Depois das boas-vindas de Ana Pinho, da Fundação de Serralves, e de Aires Pereira, presidente da direção Smart Waste, coube a Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, terminar a parte quase introdutória ao tema principal. Paulo Portas, ex vice-primeiro ministro e ministro dos negócios estrangeiros, foi o primeiro convidado a subir ao palco. Portas sabe ler os mercados internacionais e desconstruir o porquê das suas variações, e foi por aí que pautou a sua intervenção. Começou com uma provocação, sem hesitar: o mais importante, para os próximos tempos, será a “capacidade de navegar no imprevisível”, especialmente no que respeita à crise de matérias-primas e impacto na economia, tema principal sobre o qual se debruçou.
Com o auxílio de alguns gráficos e dados recentes, a apresentação evoluiu para uma reflexão que Portas pediu, seja de “racionalidade económica”. Assim como as percepções mudaram depois dos últimos grandes acontecimentos que abalaram o mundo – a pandemia de Covid-19 e agora o conflito entre a Rússia e a Ucrânia -, é “importante conciliar o que é urgente com o que é essencial”, e esta foi claramente uma chamada de atenção para as questões energéticas e para a dependência dos combustíveis fósseis. A conclusão lavou-nos para uma análise ao ciclo de vida dos produtos, para que seja possível aplicar, efetivamente, uma lógica de circularidade, de verdadeira sustentabilidade.
“Qual é o estado atual da economia circular em Portugal? Quais as principais barreiras à transição circular? Quais são os negócios circulares em Portugal? Quais as tendências e ferramentas a aplicar?” foram as principais questões que orientaram a moderação dos dois painéis de debate.
Cada convidado teve oportunidade de falar genericamente sobre as empresas que representam bem como destacar alguns dos projetos mais relevantes para o tema. Em comum, a mesma preocupação em evitar resíduos e reaproveitar recursos.
No caso da Seda, Silvex e BA glass, é curioso juntar algumas das ideias principais que cada uma das empresas produtoras de embalagens destacou, de acordo com os materiais que privilegiam na sua produção. A Seda, por exemplo, dedica-se às embalagens de papel e Anselmo Vilardebó evidenciou várias vezes o seu potencial de circularidade. A relevância de pensar no eco-design como garante da reciclabilidade no final da vida útil de cada embalagem foi referida pela Seda mas é comum a todos os intervenientes no painel. Para a BA glass, especializada em embalagens de vidro, a economia circular não é, de todo, novidade: “o vidro tem uma história antiga com a economia circular”, relembrou Sandra Santos.
Na vez da Silvex, que utiliza maioritariamente o plástico na sua produção, Hernani Magalhães foi inevitavelmente confrontado pela moderadora, Ana Isabel Trigo Morais: “o plástico continua na mira de grandes debates e também de grandes equívocos”. Na verdade, como recorda Hernani, “antes da pandemia e da guerra, o plástico estava no centro do problema” – ou melhor, não o plástico em si mas o que fazemos com ele no fim de vida. São conhecidas as metas definidas e comuns para que até 2025 a incorporação de plástico virgem seja quase mínima. A “novidade” trazida para a conversa, ou para uma próxima conferência, prende-se com a questão dos bioplásticos e o que fazer com materiais que são recicláveis mas não compostáveis.
Moderador: Ana Isabel Trigo Morais, Vice-Presidente da Associação Smart Waste Portugal
Oradores:
• Anselmo Vilardebó, Seda, International Packaging Group
• Catarina Dias, TMG Automotive
• Hernani Magalhães, Silvex
• Rui Correia, Sonae Arauco
• Sandra Santos, BA Glass
• Teresa Abecassis, Galp
Painel 2: Ferramentas para estimular uma economia mais circular
Moderador: Luísa Magalhães, Diretora Executiva da Associação Smart Waste Portugal
Oradores:
• Elga Almeida, Sociedade Ponto Verde
• Fernando Leite, Lipor
• Fernando Ventura, Jerónimo Martins
• Miguel Angel San Roman, Minsait
• Paula Sardinha, CHEP Portugal
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