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Um passo atrás na proibição do plástico descartável?
Maria Elvira Callapez é investigadora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e conta com um vasto trabalho sobre a história dos plásticos. Numa entrevista ao Plástico Responsável, em julho de 2019, relembrava a importância do material para a evolução de vários setores da economia, com especial destaque para a área da saúde. Sobre o atual contexto que vivemos, devido à pandemia de covid-19, Maria Elvira Callapez falou com o jornal i e partilhou algumas reflexões pertinentes sobre a importância do plástico para evitar a propagação do contágio, sublinhando ao mesmo tempo que não devemos “descartar” o seu uso consciente.
2020 “era o ano das proibições”
Por imposição europeia, a partir de janeiro de 2021 os plásticos de utilização única para os quais existam alternativas mais sustentáveis serão erradicados. Copos e talheres de plástico, por exemplo, são alguns dos produtos que têm vindo a desaparecer nos últimos meses. No entanto, como refere Maria Elvira Callapez na entrevista, 2020 “era o ano das proibições”: devido à covid-19, é possível que nos deparemos com alguns recuos.
Quando as recomendações de isolamento social se aligeirarem, será essencial manter alguns cuidados, usando máscaras, luvas e viseiras, por exemplo. Maria Elvira Callapez salienta que “o plástico tem propriedades que permitem que não haja contaminação”, usando como exemplo as viseiras, que são “uma forma de conter a transmissão do vírus”. Especialmente no campo da medicina, como refere na entrevista, é importante perceber “se, de facto, há algum substituto para esses materiais”. E nomeia mais utensílios médicos – “tubos, zaragatoas, ventiladores, material de laboratório, termómetros” – que são, maioritariamente, feitos de plástico.
Sobre possíveis recuos na eliminação do plástico descartável em áreas como a restauração, Maria Elvira Callapez refere o exemplo da internacional Starbucks, que já “não quer dar materiais reciclados aos seus clientes” porque “tem medo que estejam contaminados”. É um temporário regresso aos descartáveis para a marca norte-americana, presente em todo o mundo, conhecida pelas bebidas quentes servidas “para levar” em copos de uso único com tampa de plástico e palhinha.
Plástico descartável. E depois?
Muito se discutiu, antes da pandemia, o impacto do plástico na natureza, materiais alternativos e uso responsável. Para a investigadora da FCUL, é um bom momento para a indústria do plástico “pôr o seu conhecimento ao serviço da produção dos materiais médicos necessários”. É também o momento para que as pessoas reconheçam “que os plásticos são importantes para a nossa qualidade de vida” e que ajudaram a evitar a propagação da covid-19.
Questionada pelo i sobre a recolha seletiva de resíduos durante o estado de emergência, Maria Elvira Callapez defende que “há que acelerar a reciclagem. Não pode parar.” Quanto aos materiais hospitalares, explica que o procedimento habitual é que sejam recolhidos e que “ou vão para incineração” ou são “colocados a uma temperatura de tal ordem que mata tudo”. Assumidamente defensora do plástico, recorda que “por detrás do plástico está sempre o homem” e que o que polui realmente “é o comportamento das pessoas”, dependendo do fim que dão ao plástico. Deixa ainda uma mensagem sobre respeitar o plástico enquanto material que “quando foi criado, foi com boas intenções”. Um material “duradouro e útil” que pode ser reciclado e ter uma nova vida. “Agora podemos então perguntar se este material está ou não a salvar inúmeras vidas”, desafia.
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