O verão aproxima-se e o fim das aulas também. Há, por isso, que encontrar formas de ocupar o tempo livre das crianças nos próximos três meses
Férias escolares são sinónimo de diversão, no entanto, não têm que representar uma pausa na educação dos mais jovens. Pelo contrário: a temporada do calor é a mais convidativa à educação ambiental, a sair de casa e passar mais tempo ao ar livre.
Portanto, porque não encontrar formas didáticas para os seus filhos passarem férias em contacto com a Natureza? Afinal, eles fazem parte da futura geração a cuidar do planeta.
Aqui ficam algumas sugestões:
Em Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva volta a realizar as “Férias com Ciências”, para crianças dos 6 aos 12 anos. O projeto oferece atividades durante todos os dias da semana, desde o dia 1 de julho até 13 de setembro de 2024.
Há dois programas distintos (para crianças dos 6 aos 8; e dos 9 aos 12), que incluem dias passados a “desvendar os mistérios dos raios ultravioleta”; “construir o barco mais veloz e criativo, apenas com recurso a materiais do dia-a-dia”; “descobrir a arte de cozinhar muffins com casca de fruta” ou “encontrar animais e plantas escondidos no exterior do Pavilhão”.
O objetivo é proporcionar experiências educativas com foco na sustentabilidade do planeta e o Pavilhão da Ciência oferece desconto aos pais que trabalham em empresas sediadas no Parque das Nações ou a partir da inscrição do segundo filho. Os valores começam nos 45 euros por um dia e vão até aos 185 euros por cinco dias.
Férias que conectam crianças e Natureza é o mote da proposta da Movimento Bloom para o verão dos mais novos. Esta é uma associação sem fins lucrativos cuja missão é promover a conservação do ambiente junto de crianças, famílias e profissionais de educação.
A Movimento Bloom incentiva escolas a trazerem as crianças das salas de aula para o contacto direto com a Natureza. Durante o período de verão, a associação organiza Campos de Férias na Serra de Sintra, este ano entre 17 de junho e 26 de julho. As crianças dos 6 aos 12 anos têm aqui a oportunidade de fazer amigos enquanto participam em atividades, oficinas e jogos “muito divertidos que estimulam a curiosidade, a criatividade e o amor pela Natureza”.
“As crianças aprendem a explorar os sentidos, a expressar criatividade, observar os fenómenos naturais, reconhecer os sons da floresta e os seus animais, trepar às árvores, construir abrigos, seguir trilhos e muito mais!”.
Os valores vão dos 140 euros por cinco dias aos 480 por 20 dias e há descontos para quem traga mais que um dos filhos.
O Campo Aventura tem lugar na Quinta Moinho do Pagador, em Olho Marinho, entre 7 de julho e 7 de setembro. Este projeto proporciona uma série de atividades desportivas ao ar livre, ao mesmo tempo que educa para a preocupação com o planeta e futuro ambiental.
Com um método que conjuga “Fun” e “Learning”, o Campo Aventura oferece atividades como surf, escalada, resgate, tiro com arco, easy up, espeleologia, passeios pedestres, rappel, orientação, high ropes, workshops, visitas culturais, praia, jogos noturnos e muitas outras.
Este campo de férias na zona Oeste destina-se a crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos e decorre em regime residencial durante um período de 7 dias.
Estes verão, o Pavilhão da Água, no Porto, oferece workshops para crianças, dos 6 aos 12 anos, apenas durante 4 dias. Ainda assim, são atividades que proporcionam uma aprendizagem sobre a importância da água, da reciclagem, das boas práticas ambientais e ainda, sobre a química na cozinha.
A sul, o Zoomarine Algarve abre portas para os campos de férias, que decorrem entre 1 de julho e 6 de setembro. Dirigidos a crianças entre os 6 e os 15 anos, os programas têm duração de cinco dias e o objetivo é a “sensibilização e educação ambiental, além da promoção de momentos divertidos”.
O Zoomarine preparou uma série de atividades para os mais novos, como conhecer mais sobre os animais e seus habitats, conhecer o funcionamento do espaço e ainda a prática de surf, na Praia da Galé.
Os preços começam nos 150 euros.
Aqui ficam algumas sugestões para passeios em família:
A Ciência Viva é uma rede de 20 espaços de divulgação científica, que continua a expandir-se. Um dos motivos da sua originalidade reside nos espaços que ocupa, que vão desde antigas igrejas e fábricas e até uma prisão.
Estes espaços são museus que oferecem uma experiência singular, através de memórias do passado, onde se conta a história das regiões.
Desde 1998, mais de 13 milhões de pessoas visitaram a Rede Nacional de Centros Ciência Viva.
Vários vestígios de dinossauros têm sido encontrados na Lourinhã ao longo dos anos. Há até uma espécie cujo nome deriva do do próprio município, onde foi descoberta.
Aqui, naquela que já conhecida como “terra dos dinossauros”, encontra-se um parque temático ao ar livre, onde é possível viajar pelas várias épocas em que estas criaturas habitam o planeta. Entre percursos, avistam-se 200 modelos de dinossauros e outros animais à escala real e cientificamente comprovados, divididos pelos mais importantes períodos da história da terra e da evolução da vida.
Existem muitas espalhadas de norte a sul do país. São espaços onde é possível passar um dia em contacto direto com vacas, porcos, galinhas e companhia. Com certeza vão aprender mais sobre o mundo rural.
Um safari em família, de trator, em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém. O objetivo do Badoca Safari Park é promover o contacto com a natureza e animais de várias espécies, muitos selvagens e em habitat natural. Babuínos, lémures ou aves de rapina são alguns dos animais que aqui vivem.
Além do safari, é possível realizar passeios ao ar livre, apresentações, sessões de alimentação e possibilidade de interagir com os alguns dos animais.