Descobrir todo o mundo submerso pelos quilómetros de mar que tocam a costa de Portugal: “aprender fazendo” e “conhecer para preservar” são os dois princípios orientadores do programa educativo Kids Dive. Sensibilizar os mais novos para a urgência de preservar a biodiversidade no meio marinho é o principal objetivo deste programa de literacia do oceano.
Pensado para jovens entre os 8 e os 17 anos em contexto escolar, geralmente os participantes são turmas inteiras e respetivos professores. De uma forma muito prática, o plano intensivo de atividades proporciona a interação direta com o mar, com o acompanhamento de biólogos marinhos e instrutores de mergulho. Na maior parte dos programas, as atividades são divididas em quatro dias durante os quais há workshops, visitas guiadas, saídas de campo e mergulho em piscina, entre outras. O envolvimento entre todos é uma parte fundamental e a equipa da Kids Dive assume que é também acaba por ser uma contribuição para “formar gerações mais participativas”.
Na página oficial, lê-se que o Kids Dive começou “como um batismo de mergulho e uma conversa com biólogos e cresceu por si”. Hoje, fazem atividades em todo o país e a ideia é chegar a mais e mais jovens: “consideramo-lo [ao projeto] uma das nossas contribuições mais relevantes para um amanhã melhor, a par das nossas atividades de investigação, porque o desenvolvimento tem que ser sustentado no conhecimento”, reconhece a equipa.
Em cada edição do programa Kids Dive há um registo em vídeo, estilo mini-documentário, para que a mensagem se amplie através das partilhas de quem participou. O último disponível no website do projeto é de uma atividade com alunos de Cascais, em 2020:
Onde?
A equipa formada por investigadores em biologia marinha e monitores está preparada logisticamente para se deslocar a qualquer ponto do país. No entanto, são programadas apenas 12 atividades por ano, dada a complexidade e logística de cada uma. Autarquias e escolas são os principais ‘clientes’ da Kids Dive.
Programas adaptados
A parte do mergulho é essencial. O batismo de mergulho e respetiva preparação são adaptados às diferentes faixas etárias.
“Porque é que é importante promover este e outros projetos relacionados com a literacia dos Oceanos?
Porque “Portugal é Mar”, ou pelo menos as próximas gerações irão habituar-se a vê-lo assim, visto que corresponde a 97% do território nacional, sendo previsível que cada vez mais profissões venham a estar relacionadas com o mar;
Porque enquanto não compreendermos melhor as consequências das pressões que colocamos sobre a sustentabilidade do meio marinho não poderemos deixar um planeta melhor do que aquele que encontrámos às gerações vindouras;
Porque mesmo vivendo em terra e não tendo profissões ligadas ao mar não somos imunes às consequências das pressões impostas no meio marinho, nomeadamente às alterações climáticas e a perda de biodiversidade;
Porque sem afastarmos o véu representado pela superfície da água e literalmente mergulharmos no meio subaquático não compreendemos verdadeiramente como funciona e o que representa, por vezes mesmo à porta das nossas casas. Por outras palavras, é muito difícil fascinarmo-nos e protegermos ativamente algo que não conhecemos;
Porque as consequências de continuarmos a ter gerações de cidadãos desinteressados do conhecimento científico e alienados do saber e do potencial que advém do património mundial que é o Mar, são demasiado assustadoras para serem sequer concebíveis.”
Conversamos com um dos fundadores da Biggest Mini Forest, projeto que está a ensinar quem tenha um pequeno terreno a cultivar uma mini floresta comestível, biodiversa e que fomenta a regeneração do solo
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