A mancha de lixo que flutua no oceano Pacífico é tão grande que há quem lhe chame ‘grande ilha de plástico’. A dimensão é tal que é muitas vezes comparada a ‘3 Franças’ e circula, até, o mito (?) de que é possível avistá-la do Espaço. Um novo estudo relevou que há microorganismos que conseguem sobreviver e reproduzir-se no meio deste lixo. 

‘Ilha de plástico’

É uma das maiores zonas de acumulação de lixo nos oceanos. Ao largo da costa dos EUA, entre os estados do Havai e Califórnia, a grande mancha de lixo do Pacífico flutua há anos (foi identificada pela primeira vez em 1977) e é, constantemente, alvo de estudos. Um dos projetos mais mediáticos que procura solução para limpar todo o plástico que se foi acumulando nesta zona é o Ocean CleanUp. A ideia de Boyan Slat foi sendo aperfeiçoada e o jovem cientista acredita que é possível, em breve, recolher parte dos 1,8 mil milhões de fragmentos de plástico estimados da grande mancha de lixo do Pacífico.

O que se sabe da origem desta mancha?

A maior parte do lixo da “ilha de plástico” do Pacífico pode, na verdade, ter origem na atividade piscatória: redes, restos de linhas e armadilhas. Estima-se que 60% desses plásticos estejam relacionado com a pesca e que 20% tenha sido arrastado após o tsunami de 2011, no Japão.

A mancha tem cerca de 1,6 milhões de quilómetros quadrados de lixo. 

Plástico, fonte de alimento (?)

Um novo estudo publicado na revista Nature Ecology & Evolution revela que há dezenas de microorganismos que estão a alimentar-se de lixo plástico e até a reproduzir-se. A conclusão é que a poluição pode mesmo estar a promover o aparecimento de novos ecossistemas. O facto de encontrarem refúgio na ‘plataforma’ flutuante ajuda-os a sobreviver, o que seria quase impossível de garantir de outra forma.