Já ouviu falar da “ilha de plástico” que se formou no meio do Oceano Pacífico e que tem já uma dimensão superior a duas vezes o território francês? É verdade que, espalhando numa superfície plana as cerca de 79 mil toneladas de plástico acumulado nessa zona, a ‘mancha’ ocupada será equivalente a duas Franças e 17 vezes o território de Portugal. Mas não se vê do espaço.
A maior parte do lixo da “ilha de plástico” do Pacífico pode, na verdade, ter origem na actividade piscatória: redes, restos de linhas e armadilhas. Estima-se que 60% desses plásticos esteja relacionado com a pesca e que 20% tenha sido arrastado após o tsunami de 2011, no Japão.
É verdade que o Ocidente pode – e deve – reduzir a quantidade de plástico que produz e descarta. No entanto, os grandes responsáveis pelos 8 milhões de toneladas que anualmente acabam nos oceanos são a China, a Tailândia e a Indonésia.

Há dez rios identificados como os mais poluentes – responsáveis por um quarto do plástico que vai parar aos mares. Oito são asiáticos, dois são africanos.
A reciclagem não é a (única) solução.
Reutilizar o plástico e recusar o plástico desnecessário são parte da equação-solução.
Apesar de percebermos a origem do plástico que vai parar aos oceanos (maioritariamente da Ásia), isso não torna menos importante que todo o mundo tenha consciência da importância da reutilização e da reciclagem do plástico e que todos façamos um esforço para evitar o consumo excessivo e desnecessário de produtos de plástico.
0 Comments