Junte-se à maior recolha de beatas de cigarro do mundo

A iniciativa é de Andreas Noe, conhecido como “The Trash Traveller”.
Caminhada recolha beatas

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Foi em setembro de 2019 que o alemão Andreas Noe decidiu deixar o emprego na área da biologia molecular para viajar na sua caravana e recolher lixo. Conhecido como “The Trash Traveller”, criou uma página no Instagram para ir documentando a sua odisseia. Depois de uma longa caminhada de 832 quilómetros e quase dois meses a apanhar lixo de plástico no litoral, em 2020, um ano depois, voltou a repetir o percurso de norte a sul de Portugal mas focado em recolher beatas de cigarro. Agora, quer desafiar todos os que queiram juntar-se à “maior recolha de beatas do mundo”. Até 23 de abril, todos os esforços contam. 

Uma semana de atividades para celebrar a Terra

Para assinalar o Dia Mundial da Terra, comemorado a 22 de abril, a Fundação Oceano Azul sugere uma série de atividades logo a partir do dia 17. A “maior recolha de beatas do mundo” é uma delas. O mote é “apanhar o maior número de beatas que conseguir, onde quer que esteja”. Escolas, empresas, famílias, “clubes de xadrez e de futebol e “não te esqueças da tua avó!”, brinca o organizador da iniciativa. Andreas Noe. A ideia é juntar todas as pontas de cigarro recolhidas e juntá-la numa “grande montanha de beatas”, em Lisboa, na Praça do Comércio, no dia 23 de abril às 14h. 

Pontas de cigarros, uma verdadeira “praga” 

Só o “Trash Traveller” Andreas conseguiu, com a ajuda de todos os voluntários que foi encontrando ao longo da sua última jornada de uma ponta à outra do litoral português, juntar mais de um milhão de beatas. 

No comunicado/guia para recolher beatas, como lhe chamou, Andreas Noe começa por dizer que  “este projeto não é realmente sobre beatas de cigarro. É muito maior do que isso”. O simples gesto de apanhar uma beata, acredita, que nos liga-nos à natureza. “A ligação e o cuidado com a natureza leva-nos a aprender sobre outras questões ambientais e a querer ser parte de uma solução.”

Recolha de beatas

Há beatas de tabaco espalhadas por todo o lado. Não são biodegradáveis, contêm milhares de substâncias tóxicas e à medida que se vão decompondo, transformam-se em microplásticos. 

Dicas para recolher beatas (e participar na mega iniciativa):

Informe-se nas redes sociais do “The Trash Traveller” ou através deste link para entregar em Lisboa ou enviar para a recolha final e contribuir para que seja, efetivamente, “maior recolha de beatas do mundo”. Algumas dicas que Andreas dá para organizar a sua própria limpeza:

  • “Leve frascos de vidro velhos, sacos velhos, caixas de encomendas velhas, ou outras caixas para serem lavadas e reutilizadas para colocar as beatas”;
  • “Tente NÃO usar garrafas de plástico de 0,5 L, 1 L, 1,5 L, 2 L, 5 L de uso único, pois as beatas contêm toxinas e diminui a qualidade do plástico e a probabilidade de ser reciclado”. Além disso, remover as beatas através do gargalo apertado da garrafa não é uma tarefa fácil;
  • Use luvas de jardinagem antigas e reutilizáveis;
  • “Alternativas às luvas: os pauzinhos (pauzinhos chineses) são divertidos para apanhar beatas e pode guardá-los e dar-lhes outro uso!” Pinças também são um bom acessório. “Vamos usar a criatividade”, desafia.

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