A camada de ozono e sua relação tóxica com o ser humano
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Angelina Arora, de 17 anos, descobriu num desperdício um excelente recurso.
Angelina Arora, de 17 anos, descobriu num desperdício um excelente recurso.
A notícia é da Forbes: Uma estudante australiana criou um bioplástico a partir de cascas de camarão. Mas Angelina Arora não é uma jovem comum. Em 2018, com apenas 15 anos, foi nomeada Jovem Cidadã do Ano, ganhou o prémio Jovem Empreendedor e foi a vencedora do galardão ambiental Globo Verde. Além do reconhecimento no seu país, Angelina viu o seu trabalho reconhecido internacionalmente quando arrecadou o quarto prémio da International Science Fair da Intel e uma bolsa de estudo para uma universidade americana. Atualmente, está ligada a diversos projetos de investigação e frequenta o curso de Medicina.
Sobre o seu grande desafio, o de tornar possível a produção massificada do bioplástico que descobriu, Angelina tem o apoio da comunidade científica e de várias entidades. Aproveitando os resíduos de camarão – um crustáceo largamente consumido na Austrália –, a jovem conseguiu chegar a uma fórmula sustentável de um biopolímero biodegradável, tão resistente quanto o plástico comum, mas capaz de se decompor mais de um milhão e meio de vezes mais rápido. Em trinta e três dias de exposição ao exterior, este bioplástico desaparece completamente na terra.
Angelina já tinha feito experiências com cascas de banana, por exemplo, até se aperceber das semelhanças entre as cascas de camarão e o plástico. Conseguiu depois combinar esse resíduo alimentar com uma proteína encontrada nos casulos da seda e criar uma “liga” a partir da união de ambos.
Angelina foi uma das oradoras do último TEDx Sidney, com um inspirador discurso sobre o seu trabalho, mas principalmente sobre a forma como o futuro depende da sua geração:
No Plástico Responsável já partilhámos alguns estudos que, da mesma forma, potencializam desperdícios alimentares, como é o caso das cascas de amêndoa do projecto YPACK. Também proteínas encontradas nos anéis dos tentáculos das lulas têm sido testadas e reproduzidas em laboratório para a criação de um bioplástico forte e flexível (sem prejuízo para o animal). Em todos estes projetos, o denominador comum é tornar possível que o plástico, acabando abandonado na natureza, se decomponha em material orgânico e, consequentemente, não polua os oceanos. Além disso, todos os investigadores envolvidos realçam um ponto fundamental para esta missão global: o uso consciente e responsável dos recursos, sejam eles de que natureza forem.
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