E se o estômago das vacas fosse capaz de decompor plástico?

Processo natural poderá ajudar a desenvolver soluções em grande escala.

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Processo natural poderá ajudar a desenvolver soluções em grande escala.

Se, por um lado, as vacas são “acusadas” de contribuir para a destruição da camada de ozono através do metano que libertam durante o processo digestivo, o mesmo sistema parece ser capaz de fornecer pistas para resolver o problema da acumulação do lixo de plástico.

Segundo o estudo científico coordenado por uma equipa de investigadores austríacos e publicado na revista Frontiers in Bioengineering and Biotechnology, os microorganismos presentes no estômago dos ruminantes são capazes de decompor vários tipos de plástico. O líquido produzido no rúmen (assim se chama à primeira de quatro cavidades do estômago de alguns animais, como as vacas, que têm a capacidade de voltar a mastigar os alimentos depois de os ingerir, ou seja, que ficam a ruminar o que comem), produz uma enzima capaz de decompor PET, por exemplo, conforme testado.

Não é propriamente uma novidade que há processos naturais que atuam sobre o plástico de forma semelhante, como o caso das bactérias que conseguem matabolizar poliuretano. No entanto, todos os contributos são importantes para o desenvolvimento de novas soluções.

Neste caso, depois de identificadas as enzimas certas, os cientistas poderão reproduzir parte do processo digestivo das vacas em grande escala e replicá-lo em centrais de reciclagem como forma mais ecológica de converter os resíduos de plástico.

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