A camada de ozono e sua relação tóxica com o ser humano
Todos já ouvimos falar dela mas será que sabemos o que realmente é? Como se forma e como protege a vida no planeta? E como a atividade humana está a destruí-la?
Em 2024 celebra-se pela segunda vez o Dia Internacional do Resíduo Zero (30 de março). “O consumo excessivo está a matar-nos”
Instituído pelas Nações Unidas em 2022, o Dia Internacional do Resíduo Zero comemorou-se pela primeira vez em 2023, com a divulgação de iniciativas nacionais, subnacionais, regionais e locais de resíduo zero e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
Segundo dados das Nações Unidas, todos os anos, a humanidade gera entre 2,1 mil milhões e 2,3 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos municipais. Cerca de 2,7 mil milhões de pessoas não têm acesso à recolha de lixo, das quais 2 mil milhões vivem em áreas rurais.
Desde 1970, o uso de recursos naturais cresceu de 30 para 106 mil milhões de toneladas, acarretando impactos ambientais dramáticos. Sem uma ação urgente, a geração anual de resíduos sólidos municipais atingirá 3,8 mil milhões de toneladas até 2050. Esta estimativa representa um aumento de 56% entre 2023 e 2050, de acordo com dois relatórios recentes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
“O consumo excessivo está a matar-nos. A humanidade precisa de uma intervenção. Neste Dia do Resíduo Zero, vamos comprometer-nos a acabar com o ciclo destrutivo do desperdício, de uma vez por todas”.
António Guterres, secretário-geral da ONU
Já deve ter ouvido falar do conceito de “Resíduo Zero”, mas sabe o que realmente significa? É uma abordagem que pretende manter os resíduos fora de aterros e do oceano e cujo foco é mantê-los na economia, diminuindo a quantidade de novos resíduos produzidos. O resíduo zero promove padrões responsáveis de produção e consumo.
Além de proteger o ambiente, a abordagem de Resíduo Zero pode gerar, de acordo com as Nações Unidas, um ganho líquido anual de 108,5 mil milhões de dólares, ao reduzir significativamente o custo global da gestão de resíduos.
Pequenas escolhas nos nossos comportamentos de consumo podem ter um grande impacto a nível colectivo. Damos-lhe agora alguns exemplos:
Recusar itens de uso único, reutilizar os produtos de plástico e dar preferência a outros materiais são ações fundamentais para reduzir os danos da poluição de plástico aos ecossistemas.
A boa notícia é que podemos reduzir a poluição plástica em 80% até 2040, se os países e as empresas fizerem mudanças profundas nas políticas e no mercado usando as tecnologias existentes. Por esse motivo que a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente está a negociar um Tratado Global contra a Poluição de Plástico, cujo documento final deve ficar acordado ainda este ano.
O lixo eletrónico é o que mais rápido cresce no mundo. Todos os anos, mais de 50 milhões de equipamentos eletrónicos vão parar ao lixo, mas menos de um quarto é reciclado. É por isso um importante problema a adereçar, dada a rápida expansão da tecnologia e o consequente aumento de resíduos altamente tóxicos.
Para mitigar estes problemas, é vital promover a durabilidade dos dispositivos, incentivando seu aluguer, a reparação e a reciclagem, o que favorece a economia circular. E a União Europeia tem vindo já a legislar neste sentido. O executivo europeu está focado no ecodesign, em limitar práticas que tornem os produtos eletrónicos menos duradouros e, por outro lado, que as empresas ofereçam mais serviços de reparação.
Se as indústrias se comprometerem a fabricar produtos sustentáveis e forem apoiadas por políticas eficazes de gestão de resíduos eletrónicos, poderemos progredir para um futuro mais verde. Essa abordagem permite manter os recursos valiosos dentro da economia e evitar a extração e descarte irresponsável. Estima-se que até 7% do ouro mundial esteja contido em resíduos eletrónicos, por isso, é imprescindível repensar o descarte destas tecnologias.
Uma peça de roupa barata pode custar muito caro ao planeta!
Estima-se que as pessoas estão a comprar 60% mais roupas e a usar as peças até metade de sua verdadeira duração. O que traz um grande problema ambiental, já que a indústria de fast fashion contribui de forma significativa para a crise ambiental global.
A moda é responsável por 2% a 8% das emissões globais de gases do efeito estufa, além de contribuir substancialmente para a poluição, a contaminação hídrica e os impactos adversos na biodiversidade mundial. Anualmente, a indústria é responsável por 9% dos microplásticos nos mares e consome cerca de 215 trilhões de litros de água.
Por isso, antes de adquirir uma nova peça de roupa, faça as seguintes perguntas:
Sabia que o desperdício anual de alimentos é responsável por cerca de 8% a 10% das emissões mundiais de gases com efeito estufa?
Como alertam as Nações Unidas: quando o destino desses resíduos é o aterro sanitário, estes resíduos decompõem-se sem acesso a oxigênio e geram metano, que é 24 vezes mais potente no efeito estufa do que o CO2.
Neste sentido, reduzir as perdas e o desperdício de alimentos é essencial em um mundo em que o número de pessoas afetadas pela fome está a aumentar. Individualmente, podemos ajudar com pequenos hábitos como:
Além disso, se quiser ir jantar fora, saiba que em Portugal já há uma série de restaurantes que promovem a cultura de Resíduo Zero. Entre eles: Restaurante da Herdade do Esporão, o Km zero, 100 maneiras, Prado, Plano Restaurante, Loki, Vistas Rui Silvestre, Sála de João Sá e SEM.
Todos já ouvimos falar dela mas será que sabemos o que realmente é? Como se forma e como protege a vida no planeta? E como a atividade humana está a destruí-la?
Vem aí uma nova campanha de sensibilização para entendermos melhor as datas de validade dos alimentos e evitar desperdício
Desde o momento em que decide acolher um animal, passando pela alimentação, até ao banhos.
A adoção de práticas sustentáveis no trabalho é cada vez mais percecionada como forma de melhorar a qualidade de vida
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