Um passo atrás na proibição dos descartáveis?

Restauração pede suspensão da proibição, prevista para 3 de setembro.

Restauração pede suspensão da proibição, prevista para 3 de setembro.

Recordando uma entrevista da professora Maria Elvira Callapez ao jornal i, 2020 “era o ano das proibições”: devido à pandemia, é possível que nos deparemos com alguns recuos. Nas notícias de 13 de agosto, a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) mostra-se especialmente preocupada com a entrada em vigor, prevista para 3 de setembro, da lei que proíbe os plásticos de uso único no setor.

O governo está a acompanhar o processo e não tem, ainda, uma decisão definitiva, de acordo com o Jornal de Negócios. As principais razões alegadas pelos representantes do setor da restauração são de segurança, devido às precauções para evitar o contágio de covid-19, e económicas, uma vez que os produtos alternativos ao plástico descartável são, ainda, significativamente mais caros. No entanto, tal como a lei que proíbe os sacos de plástico na fruta e legumes dos supermercados, também esta medida teve um ano de período de adaptação.

O que está em causa neste momento é a data de entrada em vigor da proibição: manter-se-á 3 de setembro ou será ponderado um adiamento por parte do governo? A diretiva europeia define julho de 2021 para a proibição entrar em vigor, apesar de o governo português ter decidido antecipar a medida para o setor da restauração.

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