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Lisboa acolheu a National Geographic Summit 2022 para refletir sobre o “planeta possível”, com base na coexistência sustentável entre humanos e natureza.
“Mostrar o mundo, revelar novas perspetivas e incentivar-nos a agir” é uma das principais missões da National Geographic Society. Na Summit de Lisboa, exploradores, investigadores, ativistas e fotógrafos partilharam diferentes experiências e visões sobre o presente e futuro do planeta e das possibilidades de coexistência sustentável entre humanos e natureza.
Em 2019, a proposta foi “ouvir o planeta” a partir do Porto e refletir sobre o impacto do plástico nos ecossistemas. Sob o mote “Planeta ou plástico?”, um conjunto de especialistas de referência na preservação ambiental partilhou ideias para que possamos assumir o compromisso comum de salvaguardar a sustentabilidade do planeta. Evitar o plástico desnecessário, procurar alternativas mais amigas do ambiente e reciclar as embalagens são pequenas contribuições para um resultado maior e global. No entanto, tal como vamos partilhando no Plástico Responsável Continente, há inúmeras iniciativas, muitas delas colaborativas, a acontecerem. O Continente tem integrado algumas, os próprios clientes têm sido convidados a partilhar ideias para melhorar o eco-design das embalagens de marca própria e reduzir, assim, a pegada ecológica. Mas, infelizmente, solucionar o problema do plástico não é suficiente.
Depois do lançamento da plataforma “Planeta ou Plástico?”, aquando da Summit de 2019, a National Geographic criou, em 2021, a iniciativa Planeta Possível, “para informar, inspirar e capacitar os consumidores a viver com mais leveza e de forma mais consciente no planeta”. Combinar histórias, produtos e experiências focadas na sustentabilidade é o principal objetivo para que de uma forma acessível possamos compreender melhor “como podemos ajudar a proteger o planeta a que chamamos casa”, lê-se no manifesto de apresentação do projeto.
Com dois anos de interregno, a National Geographic Summit voltou em 2022 com o mote “Um dia para mudar os próximos”. A utilização indiscriminada de recursos do planeta é a principal ameaça à biodiversidade, com “danos colaterais” que nos empurram para uma crise climática sem precedentes, escassez de alimentos, extinção de espécies, etc.
De que forma a humanidade e a natureza podem conviver de forma harmoniosa? “Dos oceanos aos territórios mais inóspitos, através da ciência e da exploração” – foi da partilha de diferentes experiências e do contacto direto com o que está a acontecer ao planeta que Céline Costeau, Bertie Gregory, Dwayne Fields, Dominique Gonçalves, David Doubilet e Jennifer Hayes falaram nesta cimeira. No final, podemos resumir as intervenções a “provas evidentes” de que a mudança tem de acontecer, agora, e depende de todos nós.
Já olhou à sua volta hoje? Até no centro das grandes cidades se pode observar a natureza. E se parar para respirar fundo – recuperando um dos desafios que a neta do oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau endereçou à plateia -, dá que pensar que parte do nosso oxigénio, da Terra, depende da (gravemente ameaçada) floresta da Amazónia. O futuro do planeta não depende (só) de solucionar o problema do plástico, mas é imperativo que todos estejamos alinhados nesta missão comum que é a mudança urgente.
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