Em desenvolvimento há dois anos, a partir de Alcobaça, o projeto Palmilhar Portugal pretende ser “o maior percurso pedestre circular do mundo”. O objetivo é que seja possível dar a volta a todo o país, a pé, contemplando as suas maravilhas e promovendo o desenvolvimento regional. 

No total, prevê-se um percurso de mais de 3.000 kms, atravessando “entre 90 a 100 concelhos”, como explicou o mentor do projeto, Ricardo Bernardes, à agência Lusa. 

Primeiro trajeto prestes a ser inaugurado em Alenquer

O primeiro trajeto deste percurso tem já inauguração marcada, para final de julho de 2024. Localiza-se em Alenquer e, segundo o responsável, dá “destaque às paisagens ligadas aos moinhos e aos vinhedos”.

Nos próximos meses, serão também inaugurados “quatro percursos no Alentejo, três na região Centro e dois em Trás-os-Montes”. A previsão é de que a Palmilhar Portugal termine o ano com “15 percursos em todo o país”. 

Segundo o mentor do projeto, que foi apresentado pela primeira vez em 2023, na Bolsa de Turismo de Lisboa, os trilhos seguirão “sempre por terrenos públicos, exclusivamente pedestres e sem alcatrão”. 

O facto de serem trilhos nacionais “que dão uma volta de 360º” promete trazer a Portugal “uma característica ímpar a nível mundial”, como refere a Palmilhar Portugal no seu site. No fundo, permitem reforçar o posicionamento do país como “referência nacional e internacional no turismo de natureza, aventura, desporto, saúde e bem-estar”.

“A nossa proposta não só é construir o Maior Percurso Pedestre Circular do Mundo. Queremos ir mais longe. Organizaremos constantemente, ao longo do percurso pedonal, uma série de atividades que dinamizarão os concelhos envolvidos. Comprometemo-nos a atenuar a sazonalidade turística e promovemos a coesão territorial, com impacto direto e extremamente positivo nas economias de cada região”.

Palmilhar Portugal

Além de trajetos inclusivos “sempre que possível”, da realização de eventos ligados com caminhadas, ‘trails’ e BTT, o Palmilhar Portugal pretende também juntar “experiências gastronómicas, visitas a museus ou outras atrações de cada uma das zonas”.

Neste sentido, está também a desenvolver uma aplicação móvel para permitir acesso a todo o trilho, receber notificações com informação sobre o próximo local e criar packs de experiências, envolvendo alojamento, restaurantes, atividades ou atrações culturais, personalizadas consoante os gostos de cada utilizador.