Pela primeira vez reportado em 2013 pela Geological Society of America, o plastiglomerado é o resultado da fusão de detritos de plástico com as rochas junto à costa. A equipa de investigação que publicou o documento refere “o surgimento de uma nova “pedra” formada pela mistura de plástico derretido, sedimentos da praia, fragmentos de lava basáltica e detritos orgânicos da praia de Kamilo Beach, na ilha de Havai.”

Neste estudo, a conclusão é registada em jeito de alerta, descrevendo o plastiglomerado como um “material influenciado antropogenicamente que tem grande potencial para formar um horizonte marcador de poluição humana, sinalizando a ocorrência da época informal do antropoceno.”

Num artigo publicado na Forbes a 27 de novembro, é referido um estudo recente (de outubro) com base em investigações feitas na ilha da Madeira. Não há ainda certezas sobre o impacto que os resíduos de plástico que se fundem com as rochas podem ter para os habitats da costa. No entanto, é possível que os químicos utilizados na coloração do plástico, por exemplo, possam ser tóxicos e afetem a alimentação das espécies.

Também em ilhas com atividade vulcânica é possível que o lixo de plástico seja “absorvido” pela lava. Importa realçar que este novo “mineral” é resultado da poluição e ficará como marca dela ao longo do tempo. Um tema ainda com muito para aprofundar, mas que convida, mais uma vez, à reflexão sobre o uso responsável do plástico.