Reconhecimento da APEE pelas boas práticas em Responsabilidade Social e Sustentabilidade.
A utilização responsável do plástico é um compromisso de todos. O Continente definiu a sua ação no âmbito da Estratégia para o Plástico batizando de Plástico Responsável Continente o conjunto de ações a que se propõe, entre as quais este site onde são visíveis todas as iniciativas. Os próprios conteúdos produzidos exclusivamente para esta plataforma apelam à ação conjunta para minimizar os efeitos nocivos do abandono do plástico na Natureza. A Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), no âmbito da Semana da Responsabilidade Social 2020, reconheceu o projeto como boa prática de Responsabilidade Social e Sustentabilidade numa cerimónia online que decorreu durante a tarde de 19 de novembro.
“2020-2030, a Década da Sustentabilidade” serviu de mote para a 15ª edição da Semana da Responsabilidade Social, uma iniciativa da APEE em parceria com a Global Compact Network Portugal. Até 20 de novembro, é possível assistir online a conferências e mesas redondas dedicadas a temas tão diversos como as smart cities, a ecologia, a sustentabilidade na saúde, o consumo e a produção sustentável.
“Necessitamos de criar um ecossistema circular para os plásticos. E para o fazer precisamos do contributo de todos. No Continente, continuamos muito empenhados na promoção de um uso mais responsável do plástico e prémios como estes motivam-nos ainda mais para continuar a fazer este caminho”, referiu Pedro Lago, Diretor de Projetos de Sustentabilidade e Economia Circular da Sonae MC durante a cerimónia.
O lançamento do projeto, a 22 de abril de 2019 – Dia Mundial da Terra -, marcou uma nova etapa na estratégia de atuação da marca, mas apenas na forma como as iniciativas do grupo – e outras, consideradas boas-práticas – são comunicadas ao público. O compromisso Plástico Responsável Continente, espelhado no site com o mesmo nome, já tinha sido reconhecido publicamente com uma Menção Honrosa atribuída pela Meios & Publicidade nos Prémios Comunicação M&P 2019.
“O que nos falta para mudar?” – diálogos para consumo e produção sustentáveis
Importa destacar uma das sessões do evento organizado pela APEE, promovida pela DECO, sobre consumo e produção sustentável e que contou com a participação de Pedro Lago, da Sonae MC. “O que nos falta para mudar?” serviu de base para um debate que procurou perceber de que forma produtores, retalhistas e entidades gestoras de resíduos estão a contribuir para conseguirmos padrões de produção e consumo mais sustentáveis. Inevitavelmente, as embalagens de plástico e o plástico desnecessário e descartável foram temas abordados.
No final, o moderador José Pinto, jornalista do Expresso, pediu aos intervenientes na conversa que respondessem de forma sucinta à pergunta principal. Para Susana Fonseca, da Zero, “falta coragem e visão” conjunta para que seja possível “construir um modelo diferente”. É, por isso, imperativa “a intervenção governamental” para que os dirigentes “apontem o caminho e proponham soluções.”
Pedro Lago, da Sonae MC, recuou a 1985 e às primeiras lojas Continente para explicar que “depois de democratizarmos o acesso a bens”, hoje provenientes de todo o mundo, não é possível impedir, agora, esse mesmo acesso. O que a marca faz é, por exemplo, “assumir a origem dos produtos e recomendar a opção mais sustentável”. Apesar de o Continente estar alinhado com a mudança dos hábitos de consumo, Pedro Lago enfatiza o processo gradual e complexo que essa mudança implica. É por isso que, aos poucos, as lojas Continente têm disponibilizado cada vez mais opções sustentáveis como é o caso da reutilização dos sacos de fruta e legumes e do projeto-piloto que está a testar a possibilidade dos clientes trazerem as suas próprias caixas para os produtos de charcutaria e take-away.
Da parte da DECO, Andreia Almeida relembra que o facto de termos cada vez mais informação sobre sustentabilidade também provoca muita desinformação, pelo que é essencial “dar ferramentas para o consumidor ser mais exigente” com produtores, retalhistas e gestores de resíduos.
Ana Loureiro, da EGF, foi objetiva em apontar que, apesar dos “muitos planos”, falta “coordenação e ação” para pôr os planos em prática. Foi a atriz e blogger Joana Seixas que encerrou a conversa relembrando que, no dia-a-dia, “as pessoas precisam de experiência prática” no que respeita a boas práticas de sustentabilidade. Mudar paradigmas passa muito pela ação política, pela “coragem para inverter as coisas” e superar os meros “exemplos-piloto”, e também pela “introdução destes temas na educação.”
0 Comments