Plastic Odyssey, uma expedição movida a plástico

E se a reciclagem do plástico resolvesse dois problemas?

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E se a reciclagem do plástico resolvesse dois problemas?

Se dúvidas houvesse sobre a missão do Plastic Odyssey, saber que é um navio movido por um combustível feito a partir de resíduos de plástico diz muito. Esta ‘odisseia’ é, na verdade, uma expedição à volta do mundo para combater a poluição causada pelo plástico. O objetivo é sensibilizar as comunidades locais para o problema mostrando que, na verdade, os resíduos de plástico podem ser uma fonte de rendimento. Já lá iremos. 

Simon Bernard, o capitão do navio 

Simon Bernard foi um dos 30 jovens com menos de 30 anos escolhidos pela Forbes em 2021 como “visionário” no sector social, alguém cujas ideias inovadoras podem contribuir para um mundo melhor. A mais relevante para a distinção foi fundar o Plastic Odyssey, um projeto que dá nome e se materializa no navio que atrás apresentamos. 

Citando a breve sinopse que está no website da Forbes, Simon quer “limpar o passado e construir o futuro”, desenvolvendo e distribuindo tecnologia que permita transformar resíduos em recursos. Reciclar plástico é a “bandeira” Plastic Odyssey, a partir de máquinas construídas com base em tecnologia open source, ou seja, em código aberto e disponível para todos. Para partilhar a mensagem e os materiais, o navio Plastic Odyssey partiu em junho de França para uma longa viagem de 3 anos a mais de 30 países em zonas especialmente afetadas pela poluição  plástica. 

A bordo do Plastic Odyssey segue uma equipa de jovens com diferentes conhecimentos mas com a mesma perspectiva de missão.

Em declarações à Forbes, Simon diz ter pensado muitas vezes em como “se as tecnologias de reciclagem de plástico fossem democratizadas, não só a poluição desapareceria, mas milhares de empregos seriam criados”. Juntou uma equipa, criaram as ferramentas necessárias para construir máquinas de reciclagem com um investimento relativamente baixo e adaptaram um navio para que seja o meio para chegarem aos locais, através dos oceanos poluídos, mas que funcione também como um laboratório para experiências de reciclagem. 

Combustível
Os plásticos não recicláveis ​​são transformados em combustível para fornecer energia aos motores do navio graças a uma máquina de pirólise de bordo. Este sistema produz entre 30 e 40 litros de combustível por hora.

Uma rede global de empreendedores?

Segundo a visão de Simon Bernard, se instruirmos mais pessoas para que possam criar as suas empresas de reciclagem, estamos a criar incentivos económicos e a gerar emprego ao mesmo tempo que retiramos o lixo de plástico da terra e travamos o seu possível fim no mar.

“A única maneira real de resolver o problema”, diz Simon, “é recolher o plástico enquanto ainda está no solo” e “oferecendo incentivos para que as pessoas o façam”. Com o Plastic Odyssey, sem fins lucrativos, Simon fornece esse incentivo através de ferramentas que permitem a reciclagem e a reciclagem pode, efetivamente, ser uma fonte de sustento para comunidades de países onde o plástico abunda como resíduo e não como recurso. 

De ressalvar que esta expedição conta com o apoio da L’Occitane en Provence, a multinacional francesa de cosméticos que pretende assim “participar no desenvolvimento de uma nova economia”, de acordo com declarações da marca no website do projeto. “Diante da emergência ambiental, as empresas não podem mais apenas reduzir o seu impacto, mas também são uma força considerável na procura de soluções concretas para reparar os danos causados ​​à natureza”, destacou Adrien Geiger, diretor internacional da marca.

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