Pandemia vs. Poluição: o agora e o depois

A covid-19 afetou o mundo de várias formas. O que acontecerá a partir de agora?

A covid-19 afetou o mundo de várias formas. O que acontecerá a partir de agora?

O mundo parou. Consequentemente, a poluição atmosférica causada pelas atividades industriais e pelos transportes baixou para níveis quase inexpressivos. São várias as publicações que exploram o tema com base em dados apresentados por observatórios ambientais e organismos como a Agência Europeia do Ambiente (EEA) e a Agência Espacial Europeia (ESA). As notícias em meados de março referiam “drásticas reduções nas emissões de dióxido de azoto na China” (NO₂, um dos gases mais nocivos para a atmosfera e para a saúde) sustentadas por imagens divulgadas pela NASA.

Também em Portugal, o período de quarentena teve impacto na qualidade do ar: os registos mais recentes do satélite Copernicus Sentinel 5P, exclusivamente dedicado a monitorizar a qualidade atmosférica, deixam clara a diminuição na emissão de gases poluentes nas zonas de Lisboa e Porto, à semelhança das grandes cidades europeias. Só entre 10 e 28 de março, Lisboa reduziu em quase 80% as emissões de NO₂ e o Porto baixou em 60% os níveis de dióxido de azoto, segundo números avançados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Imagens de satélite entre março e abril de 2019 e no período homólogo em 2020 (correspondente ao período de quarentena como medida para travar a covid-19)

E o plástico?

É inegável a utilidade do plástico na contenção da epidemia, como defendido pela professora Maria Elvira Callapez da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. No entanto, o tratamento de resíduos como as máscaras descartáveis não é fácil e não é, para já, recomendável que sejam encaminhados para reciclagem. Em alguns países, as restrições ao plástico foram temporariamente suspensas e alguns ambientalistas receiam que possa haver um retrocesso em relação às conquistas dos últimos meses no que respeita à proibição de alguns produtos de plástico descartável.

As máscaras de proteção individual passaram a fazer parte do dia-a-dia, nas idas a supermercados e outros espaços públicos. Precisamente por isso, o apelo à utilização responsável de recursos mantém-se: siga as recomendações da Direção-Geral de Saúde sobre as máscaras sociais e poupe as descartáveis para utilização hospitalar. E se utilizar uma máscara descartável… por favor não a “descarte” em qualquer lado. É mesmo para colocar no lixo.

Seja responsável. Deposite as máscaras descartáveis no lixo.

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