No Wash: E se lavássemos menos vezes a nossa roupa?

Conheça o movimento “No Wash”. 
No Wash

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Não é deixar de lavar a roupa, é lavar menos vezes na máquina de lavar. O movimento “No Wash” (“não lavar”, traduzido ‘à letra’) surgiu no Reino Unido e tem apregoado que não há qualquer problema em lavar a roupa com menos frequência, pelo contrário. Arejam a roupa ao final do dia, colocam-na ao sol. Segundo o artigo do jornal Público, “mesmo as máquinas de lavar roupa mais eficientes gastam cerca de 50 litros de água por carga, sendo que outros modelos podem chegar aos 170 litros”. É muita água – será mesmo necessária?

No Wash: quais as vantagens de lavar a roupa com menos frequência?

  • Sustentabilidade ambiental: reduzir a frequência de lavagem pode resultar num menor consumo de água e eletricidade, contribuindo para a preservação dos recursos naturais;
  • Estímulo ao consumo consciente: repensar a frequência de lavagem pode encorajar uma abordagem mais consciente ao consumo, priorizando a qualidade e a durabilidade das roupas em detrimento da quantidade;
  • Menos produtos químicos: ao diminuir a quantidade de vezes que as roupas são lavadas, também se reduz a quantidade de detergentes e outros produtos que são liberados durante a lavagem;
  • Conservação da roupa: lavagens frequentes podem acelerar o desgaste das roupas.

“No Wash”, na verdade, é sobre reduzir e não propriamente sobre não lavar a roupa. 

Movimento No Wash

“Mais de 700 mil fibras podem ser libertadas das nossas roupas numa lavagem normal”

Imogen Napper, uma jovem investigadora britânica, desenvolveu um estudo com o apoio da bolsa Sky Ocean Rescue, em parceria com a National Geographic, no qual provou que é possível que mais de 700 mil fibras sejam libertadas numa normal lavagem de roupa na máquina. Os números diferem consoante o tipo de tecido, mas a maior parte das roupas que utilizamos são feitas com acrílico, poliéster e outros derivados do plástico. O tamanho microscópico dessas partículas faz que não seja possível filtrá-las no tratamento de resíduos e, por isso, acabam por seguir o seu caminho até aos rios, mar e oceanos como microplásticos. (Agora imagine roupa adornada com lantejoulas, por exemplo).

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