Projeto “LowPlast – a arte de reduzir o plástico” integra Bienal de Cerveira.
“LowPlast – a arte de reduzir o plástico” é um projeto de sensibilização ambiental, promovido pelo Aquamuseu do rio Minho/Município de Vila Nova de Cerveira em parceria com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira, a Associação Portuguesa de Lixo Marinho e pelo DTK – Instituto Interdisciplinar de Artes da Noruega. No âmbito deste projeto, financiado pelos EEA Grants com uma verba de 52 mil euros, foram apresentados vídeos de duas autoras norueguesas, Pippip Ferner e Christine Istad, sobre as intervenções que desenvolveram no âmbito da temática e a instalação artística “Ilhas de Plástico” do português Acácio de Carvalho.
O objetivo principal do projeto é sensibilizar a comunidade para a redução e prevenção de plásticos nos oceanos. Além das referidas intervenções, estão também previstas ações de monitorização e de disseminação de boas práticas. Reduzir o consumo de plásticos de utilização única e incentivar a sua valorização após o uso, são duas das mensagens-chave comuns às iniciativas previstas.
EEA Grants É um mecanismo financeiro através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam os “estados membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita”, onde se inclui Portugal. Os principais objetivos são a redução das disparidades económicas e sociais no Espaço Económico Europeu e reforçar as relações bilaterais entre os países. Entre 2014 e 2021 estão previstos apoios a programas ambientais e culturais, nos quais se integra este financiamento. |
“Ilhas de plástico”, uma intervenção artística e realista
Integrando a programa paralelo da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, o projeto foi apresentado publicamente a 4 de setembro. A intervenção artística “Ilhas de plástico” de Acácio de Carvalho deverá estar concluída no mês de novembro e ficará em exibição em pleno rio Minho. 430m2 de desperdícios de plástico “instalados” em 24 estruturas esféricas feitas com rede de capoeira. O impacto? Mostrar a expressão do material que, neste caso, são as embalagens de plástico e mostrar a dimensão do problema.

Para o artista, a localização escolhida para a mega instalação feita com material reciclado visa também “extravasar a arte dos espaços tradicionalmente usados em Bienais anteriores” e promover a utilização de lugares alheios a propósitos museológicos “para a promoção e dinamização artística e cultural”. Neste caso, também a dimensão ambiental da obra convida o público a percecioná-la de outra forma. Elementos artísticos “com carácter de sensibilização para a prevenção e redução de plásticos no ambiente aquático”, tenham eles origem terrestre ou de atividades associadas à pesca, são a matéria-prima da instalação.
“A paisagem em redor não funciona como um fundo”, explicou o artista, “antes se transforma”. Participar com uma intervenção temática foi um desafio para o artista e será também um exercício de reflexão para quem a observar a partir do final de setembro, em pleno rio Minho, em frente ao Aquamuseu de Vila Nova de Cerveira.
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