Fontes de poluição plástica identificáveis online 

De acesso livre, o banco de dados permitirá rastrear as fontes de poluição plástica nos oceanos.

Microplásticos identificados em base de dados global e de livre acesso

Uma equipa de cientistas do aquário de Monterey Bay, no estado norte-americano da Califórnia, criou uma base de dados online que permitirá rastrear as principais fontes de poluição plástica nos oceanos. De acesso livre (open source), esta biblioteca de microplásticos, como é descrita no comunicado oficial, poderá contribuir para encontrar soluções para este problema global

De onde vem tanto plástico? 

Este banco de dados irá permitir estabelecer ligações entre as fontes e os focos de poluição nos oceanos. Desta forma, será mais fácil, também, dar resposta ao problema – localmente e com um alcance global. 

Diferentes tipos de microplástico

O trabalho de pesquisa será disponibilizado numa “biblioteca espectral Raman”, que significa que a informação é detalhada química e estruturalmente de forma a que qualquer material possa ser facilmente identificado. 

São 42 os tipos de polímeros “catalogados” pela primeira vez numa base de dados de livre acesso, incluindo “polímeros de partículas não plásticas” como são considerados, por exemplo, ervas marinhas e conchas.

Acesso democratizado para uma solução comum e global 

A inovação será a resposta para travar o problema dos microplásticos? Possivelmente. No entanto, enquanto houver entraves que a tornam mais demorada, o problema continuará a aumentar. A ideia de compilar informação detalhada e imagens de acesso livre e global permite uma real colaboração entre investigadores de todo o mundo. 

No mesmo comunicado do Monterey Bay Aquarium, Emily Miller, a investigadora que coordenou o estudo, reafirma que “a poluição plástica nos oceanos é um problema global, e enfrentá-la exigirá a ajuda de uma comunidade internacional de cientistas”. Para antecipar os focos de contaminação, é importante que os cientistas identifiquem o tipo de microplástico e “muitos investigadores”, diz, “não têm acesso às bibliotecas espectrais necessárias para essa identificação e, portanto, o trabalho é afetado”. Esta nova base de dados, além de completa, abre um caminho de possibilidades, sem obstáculos, para que possa existir um trabalho global de partilha que trace, efetivamente, o caminho para uma solução.

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