Projeto da Universidade de Coimbra propõe alternativa inovadora ao plástico.
Foi a partir de resíduos do setor agro-alimentar que um grupo de investigadoras da Universidade de Coimbra (UC) chegou a uma inovadora solução alternativa ao plástico. Prolongando igualmente a vida útil dos produtos, esta embalagem tem ainda a particularidade de poder ser ingerida.
Segundo declarações das responsáveis do projecto à agência Lusa, esta embalagem é um tipo de filme obtido “a partir de resíduos de diferentes alimentos”, como cascas de batata e de crustáceos. “É uma abordagem centrada na economia circular”, evitando o desperdício alimentar e reduzindo a produção de lixo. Além disso, este “novo produto confere um adicional nutritivo ao alimento”.

Imagine cozinhar espargos sem lhes retirar a embalagem, “uma vez que a película que os envolve é composta por nutrientes naturais com benefícios para a saúde”. A equipa de investigação da UC explicou que esta solução foi pensada para revestir “frutas, legumes e queijos”, incorporando compostos bioactivos na sua matriz. “Antioxidantes e probióticos”, por exemplo, “com potenciais efeitos benéficos para a saúde”. Acaba por ser potencialmente vantajoso, quer para os consumidores quer para a indústria, reforçaram.
Marisa Gaspar, Mara Braga e Patrícia Almeida Coimbra iniciaram esta investigação em 2018, no âmbito de um projeto financiado pelo Compete 2020. A ideia foi também premiada pelo programa Projetos Semente de Investigação Interdisciplinar – Santander UC, dedicado a jovens investigadores da UC, assim como no concurso de ideias LL2FRESH, “um programa de co-criação online que visa a otimização do prazo de validade dos alimentos”, conforme descrito no website dedicado ao projeto.
Para saber mais, aceda ao artigo científico publicado na revista Food Packaging and Shelf Life.
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