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A diversão do Carnaval pode começar nos preparativos. Disfarces e adereços produzidos de forma mais consciente são a chave para reduzir a poluição
Quando pensamos em Carnaval, imaginamos uma explosão de cores, glitter, confetes e disfarces que possivelmente vão ficar guardados no sótão e servirem apenas de recordação.
É por isso uma festa que resulta em muito desperdício e deixa um rasto de poluição nas ruas, com materiais que podem ser prejudiciais para o meio ambiente.
Neste sentido, por que não pensar antecipadamente em soluções que previnam estas situações? A diversão, aliás, pode começar bem antes da festa em si, explorando a criatividade enquanto se confecionam os preparativos, com amigos e família.
Fique a par de 5 dicas que privilegiam a reciclagem e o consumo consciente:
Garrafas PET, resíduos de cartão, bandoletes que já não usa, brincos aos quais gostaria de dar um toque mais divertido. Junte todos estes materiais; pegue em tesouras, cola, tintas e outras ferramentas essenciais para projetos de DIY (Do it Yourself) e aí terá os ingredientes perfeitos para passar uma tarde com amigos e família a explorar a criatividade.
Pode por exemplo criar uns óculos de “minion” para os mais novos, usando as garrafas de plástico PET – um resíduo que em média demora 450 anos a decompor-se. Este material que, por vezes descartamos após utilização única pode dar origem a coloridas e exóticas máscaras de Carnaval.
E por que não mascarar-se de unicórnio ou fada, usando a bandolete e outros materiais como o cartão? Ou usá-los para uma coroa de flores ou orelhas de animais? Neste último caso, pode ainda completar o disfarce com a utilização de caixas de ovos para produzir um narizinho de gato ou cão. Escolha o seu preferido.
Um adereço muito fácil de fazer e com divertidos resultados pode ser o de saia havaiana, usando apenas palha, um elástico e flores que podem ser produzidas a partir de resíduos de papel.
Sabe aquelas t-shirts velhas que acumulamos na gaveta ou outras peças que já não gostamos de usar? Traga-as também para o projeto. Não precisa gastar dinheiro em novas roupas ou disfarces, sobretudo se for para usar apenas no Carnaval.
Até porque, quando investimos em roupa para o Carnaval, muitas vezes não temos o cuidado de procurar peças duráveis, o que não é uma prática nada sustentável. Em vez disso, use as suas habilidades de “corte e cose” para fabricar os seus próprios disfarces.
Por exemplo, uma t-shirt vermelha, pedaços de algodão e outros pedaços de tecido verde para se vestir de morango. Outra ideia: pode recortar letras para coser ou colar às peças de roupa e tornar-se em um “m&m”. Ou também pode usar lençóis velhos e transformá-los em capas de super heróis. A imaginação não tem limites aqui!
Confetes nunca faltam em festas de Carnaval. No entanto, aquele minuto mágico em que vemos estes micro papéis a cair sobre os corpos das pessoas pode ter consequências graves para o meio ambiente.
Apesar de os confetes em papel serem recicláveis (e por isso devem ser encaminhados para o contentor azul), apanhar todos estes bocados do chão pode se tornar uma tarefa quase impossível. O que faz com que muitos pedaços acabem por poluir solos ou contaminar animais que os confundem com comida.
Mas não precisa de dispensar este adereço carnavalesco. Tudo o que precisa são de folhas secas e um furados de papel. Sim, leu bem!
Aproveite uma caminhada na natureza para apanhar folhas secas e, em casa, junte a família para furá-las e reunir o maior número de confetes que conseguir. Por serem naturais, nem será preciso depois recolhê-los do chão e, assim, não apresentam qualquer risco para a Natureza.
O glitter é também um dos produtos mais procurados nesta época do ano. No entanto, estas pequenas partículas são por norma produzidas de plástico e alumínio, não recicláveis, e levam mais de 400 anos para se decomporem na natureza.
E já todos sabemos que os microplásticos são hoje uma grande ameaça a todos os tipos de vida, incluindo a humana!
No entanto, hoje já é possível encontrar marcas que vendem glitter biodegradável. Em alternativa, pode também produzir o seu próprio “bioglitter” com recurso a mica em pó – um produto muito usado em cosméticos e que demora cerca de um mês para se decompor na natureza.
Outro adereço carnavalesco bastante comum são os balões, sendo os de água – usados para partidas como rebentar e molhar alguém – os mais procurados nesta altura. Todos conhecemos o ditado “É Carnaval, ninguém leva a mal”.
No entanto, muitas vezes estes balões são feitos de plástico e não podem podem ser reciclados.
Quando deixados nas ruas, estes constituem ainda um grande perigo para os animais, que podem facilmente sufocar quando ingerem estes resíduos. É por isso importante que sejam encaminhados para o lixo comum!
Em todo o caso, atualmente há alternativas ao plástico: balões feitos de látex. Estes são por norma feitos de borracha natural biodegradável. Há marcas que recorrem ao látex natural, extraído de árvores geridas de forma responsável. Por isso, informe-se antes de adquirir, para garantir um consumo consciente.
Como vê, as regras são simples: reutilizar, usar a imaginação e optar pelo consumo consciente. Desejamos-lhe um ótimo Carnaval!
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