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Para assinalar o Dia Mundial da Criança, destacamos três histórias curiosas.
Com a crescente consciencialização sobre a quantidade de plástico desnecessário que consumimos e o impacto que o lixo de plástico tem quando abandonado na natureza, muitos jovens cidadãos têm encabeçado verdadeiras lutas. Para assinalar o Dia Mundial da Criança em Portugal, celebrado a 1 de junho (e não a 20 de novembro como oficialmente definido pelas Nações Unidas), partilhamos três histórias sobre crianças que travam as suas lutas públicas reclamando o direito a um mundo com menos plástico desnecessário, que é como quem diz, direito a um mundo melhor.
A cadeia de fast-food americana McDonald’s, presente e reconhecida em todo o mundo, tem entre as suas imagens de marca o menu infantil. Há mais de quarenta anos que o Happy Meal traz um pequeno brinquedo de oferta, um brinde que muitas vezes é feito em plástico de fraca qualidade, que facilmente se parte. “Querido staff do McDonald’s, podem parar de colocar brinquedos no Happy Meal, por favor? Eu ficaria muito feliz.” Este foi o pedido do inglês Jacob Douglas, de 8 anos, quando escreveu à marca, em 2019. Acrescentou ainda que “o plástico está a matar imensos animais”.
Na mesma altura, duas irmãs de 7 e 9 anos, também do Reino Unido, conseguiram reunir mais de 400 mil assinaturas com o mesmo propósito de acabar com os brinquedos de plástico nos menus infantis do McDonald’s e também do concorrente Burger King. Ella e Caitlin McEwan pediram “brinquedos mais sustentáveis” e sugeriram alternativas de cartão ou mesmo livros.
A Jacob, segundo noticiado pelo jornal inglês The Independent, a McDonald’s respondeu diretamente elogiando que “é impressionante” a paixão do rapaz pelo ambiente e que estariam “à procura de alternativas aos brinquedos de plástico”. No mesmo comunicado, a cadeia americana terá assumido que tentaria assim, “num futuro próximo”, reduzir em 60% as ofertas de plástico. Em 2020, os restaurantes da cadeia na Irlanda e no Reino Unido começaram por dar à escolha dos clientes um brinquedo ou um livro e em 2021 eliminaram os brindes de plástico. O Burger King aplaudiu a iniciativa das irmãs McEwan e partilhou que estava a trabalhar no “desenvolvimento de alternativas mais sustentáveis”, segundo uma notícia da BBC.
Skye Neville vive numa pequena cidade costeira do País de Gales. A jovem de 10 anos é leitora assídua de revistas infantis, que habitualmente oferecem brindes nas suas edições. Não raras vezes, são pequenos brinquedos de plástico. Para Skye, não faz sentido. Tanto discorda que há uma petição online em seu nome para que estes brindes de plástico deixem de acompanhar as revistas para os mais novos.
“Eu gosto mesmo de ler as revistas”, lê-se no manifesto de Skye que acompanha a petição, “mas não quero nem preciso dos brinquedos de plástico baratos que são usados por alguns minutos ou que se partem na primeira utilização”. Para a jovem, quaisquer brindes que as revistas ofereçam devem ser sustentáveis.
Sobre a iniciativa de Skye, um artigo do jornal inglês The Guardian nota que “algumas campanhas levam anos, até décadas para alcançar mudanças”, mas esta conseguiu em apenas quatro meses chegar a “políticos, activistas e defensores dos direitos das crianças”. Entre novembro de 2020 e março de 2021, são quase 75.000 assinaturas de pessoas de todo o mundo que, tal como Skye, pedem que as revistas dedicadas ao público mais jovem parem de oferecer brindes de plástico desnecessários e que optem por opções mais ecológicas e com um propósito que não apenas o marketing.
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