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A primeira peça de roupa produzida com plástico reciclado ou Braga distinguida como “Cidade Verde Líder” são algumas dessas boas notícias
A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas aconteceu no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023, com uma participação recorde de cerca de 70 000 participantes.
Num ano marcado por constantes protestos de jovens de todo o mundo, apelando ao fim dos combustíveis fósseis, as resoluções que saíram da COP28 deixaram muito a desejar. A começar pelo facto de o presidente da COP28 ser ele próprio CEO de uma petrolífera. E a terminar na exclusão do acordo final a meta de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis – um compromisso que seria crucial para o planeta.
Nesta COP foi realizado, pela primeira vez, um ponto de situação formal face ao objetivo estabelecido no Acordo de Paris, assinado em 2015 por 198 países, de limitar o aquecimento global a 1.5ºC dos níveis pré-industriais. A conclusão foi clara: não estamos no bom caminho. A temperatura média anual em 2022 já ascendia a +1.15ºC face à era pré-industrial e, se seguir esta trajetória, aumentará entre 2.5 e 2.9ºC até 2100.
Mas nem tudo são más notícias e a COP28 deu palco a alguns progressos em termos de sustentabilidade. Ficam aqui alguns deles:
A marca Stella McCArtney apresentou na COP28 uma parka em poliéster produzido a partir de desperdício de plástico reciclado biologicamente. A peça foi concedida em parceria com a empresa norte-americana de reciclagem Protein Evolution, que recorre a enzimas produzidas pela Inteligência Artificial para transformar plástico em matéria-prima.
As duas empresas desenvolveram uma nova tecnologia designada Biopure, através da qual micróbios decompõem plástico. Segundo as empresas, o plástico bio reciclado pode ser reciclado infinitamente. Além disso, este sistema suporta a decomposição de materiais variados, desde garrafas de plástico a têxteis.
A inovação representa um progresso para a indústria de moda mundial que, segundo um relatório da Textile Exchange, também lançado na COP28, aumentou a produção de fibras sintéticas virgens de base fóssil de 63 para 67 milhões de toneladas em 2022. O poliéster representa 54% da produção de todas as fibras produzidas.
Foram ainda destacadas na COP28 inovações como lantejoulas de base biológica, fibra à base de algas marinhas e uma alternativa ao couro sem plástico.
Ainda que 130 das maiores marcas de moda tenham se comprometido com a redução das emissões de gases com efeito de estufa, ao assinarem a Carta da Indústria da Moda para Ação Climática, há 5 anos, a maioria não está a fazer o esforço necessário para cumprir as metas. A conclusão é do estudo da Stand.Earth, que mostra que poucas marcas vão conseguir reduzir o suficiente as emissões para cumprirem a manutenção do aquecimento global abaixo de 1,5ºC até 2030, enquanto muitas outras continuam a aumentar.
É por isso essencial encontrar soluções e alternativas que assegurem uma ação mais efetiva.
Neste sentido, durante a COP28 as marcas de moda Bestseller e H&M comprometeram-se a investir no primeiro projeto eólico offshore de grande escala, a ser implementado na costa do Bangladesh, um país-chave para a produção da indústria da moda. O projeto anunciado pela Global Fashion Agenda (GFA) está numa fase inicial de desenvolvimento, com operações potencialmente a começar em 2028 e poderá aumentar significativamente a disponibilidade de energia renovável naquele país.
A dinamarquesa Bestseller comprometeu-se com um investimento de mais de 90 milhões de euros neste projeto, pressionando assim outras marcas de moda a investirem neste ou outros futuros projetos que ajudem à descarbonização da indústria.
Braga foi distinguida durante a COP28 com o “Global Green City Award” devido ao seu compromisso com a sustentabilidade. Foi a única representante portuguesa num grupo restrito de cidades distinguidas a nível mundial, entre as quais Viena (Áustria), Vancouver (Canadá), Oakland (Nova Zelândia), Curitiba (Brasil), Nantes (França), Mannheim (Alemanha) e Yokohama (Japão).
O prémio foi entregue pelo Global Forum on Human Settlements (GFHS 2023), em colaboração com a ONU. O júri avaliou 85 indicadores em diversas categorias, destacando o “excelente desempenho de Braga em áreas-chave”, como “energia, políticas de espaço público, uso sustentável do solo, gestão da água, estratégia de inovação e proteção do património”, declarou o município num comunicado enviado às redações.
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