Dúvidas sobre datas de validade dos alimentos? A APED ajuda
Vem aí uma nova campanha de sensibilização para entendermos melhor as datas de validade dos alimentos e evitar desperdício
Ilha Inacessível é Património da Humanidade.
São 14 quilómetros quadrados de um extinto vulcão, no sul do Oceano Atlântico. Desabitada desde o fim do século XIX, a “Ilha Inacessível” faz parte do arquipélago britânico de Tristão da Cunha e é considerada pela UNESCO Património da Humanidade. Juntamente com a Ilha de Gonçalo Álvares (ou Gough), formam uma reserva da biosfera, com ecossistemas raros a habitarem as suas águas.
Refira-se, a título de curiosidade, que Tristão da Cunha, a ilha principal que dá nome ao arquipélago, é considerada o território habitado mais remoto do mundo. Tinha 251 habitantes no recenseamento de 2018. |
Os autores de um estudo recentemente publicado pelo jornal da Academia Americana de Ciências (PNAS), citado pela BBC, mostraram-se chocados pela quantidade de lixo de plástico que ali encontraram. Durante os três meses que passaram na ilha, a equipa liderada por Peter Ryan encontrou maioritariamente garrafas de plástico com rótulos asiáticos.
Em 2009, numa pesquisa semelhante, os cientistas analisaram cerca de 3.500 objetos. Dez anos depois, a quantidade duplicou. Sobre a categorização dos detritos, Peter Ryan explica, em declarações à BBC, que uma das coisas que impressionou a equipa foi “como a origem mudou da América do Sul, que é o que seria de esperar num lugar como a Ilha Inacessível, por causa da direção do vento. Mas, nos três meses em que estivemos na ilha, 84% das garrafas encontradas tinham vindo da Ásia.”
E mais: garrafas provenientes da China e com registos de fabrico recentes indicam também que não terão chegado por correntes marítimas mas sim que terão sido descartadas em alto mar. Para Peter Ryan, “há fortes evidências de que são provenientes de navios mercantes. Houve um grande aumento neste tipo de transporte marítimo, principalmente da América do Sul para a Ásia, na última década. Foi um choque para mim, porque pensava que as frotas mercantes cumpriam razoavelmente os acordos internacionais [que proíbem atirar lixo ao mar]”.
Num relatório divulgado no início de novembro, a Greenpeace revela que 85% do lixo de plástico encontrado nos oceanos é proveniente das atividades piscatórias. Além disso, os grandes navios, mercantes e cruzeiros, parecem continuar a descartar lixo diretamente para a água. Além de regulamentação internacional é importante, também, patrulhar os mares e reeducar as pessoas.
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