A camada de ozono e sua relação tóxica com o ser humano
Todos já ouvimos falar dela mas será que sabemos o que realmente é? Como se forma e como protege a vida no planeta? E como a atividade humana está a destruí-la?
Um ano negro para a vida marinha. Relatório divulgado pela OceansAsia estima que 4.680 a 6.240 toneladas de máscaras descartáveis tenham acabado nos oceanos.
Relatório divulgado pela organização de conservação marinha OceansAsia
Mais de 1,56 mil milhões de máscaras descartáveis terão chegado aos oceanos em 2020. É o que sugere o relatório com o título “Máscaras na Praia: O Impacto da covid-19 na Poluição de Plásticos Marinhos”, da OceansAsia. A organização de conservação marinha estima que este número represente entre 4.680 a 6.240 toneladas de resíduos. Uma quantidade que, apesar de gigantesca, é apenas uma pequena parte. De acordo com Phelps Bondaroff, diretor de pesquisa da OceansAsia, as máscaras faciais correspondem somente a “uma pequena fração das 8 a 12 milhões de toneladas de plástico que entram nos nossos oceanos todos os anos”.
A pandemia teve um impacto muito significativo na produção e descarte de plástico, mas não só pelas máscaras. Para além das viseiras, luvas e outros equipamentos de proteção individual, têm de contar-se também os recipientes usados no take-away, sacos e outros objetos descartáveis que acabaram na natureza. Estudos citados no relatório da OceansAsia demonstram que todos os anos entra nos oceanos pelo menos 3% do plástico produzido.
As máscaras descartáveis são difíceis de reciclar, não só pelo risco de contaminação, mas também porque são constituídas por uma variedade de plásticos distintos. Contudo, o facto de não ter sido ainda encontrada uma forma satisfatória de reaproveitar este material não justifica que seja utilizado e descartado de forma irresponsável.
Os ambientalistas da OceansAsia começaram a acompanhar o fenómeno de poluição logo nos primeiros meses da pandemia. Em fevereiro de 2020, apenas seis semanas depois de o uso de máscaras faciais em lugares públicos se ter tornado generalizado em Hong Kong por imposição legal, encontraram numa praia deserta, só acessível de barco, mais de 70 unidades em 100 metros de costa.
Em 2019, o valor estimado do mercado de máscaras faciais era pouco superior a 500 milhões de euros. Em 2020, saltou para 135 mil milhões.
No último ano, terão sido produzidas 52 mil milhões de máscaras cirúrgicas de polipropileno de uso único, com cerca de três a quatro gramas. Admitindo que, em média, 3% não receberam o tratamento apropriado e foram descartadas no meio ambiente, estamos a falar de 1,56 mil milhões de unidades a nível global.
Mais de 4.600 toneladas de plástico que levarão muitas décadas a desaparecer e que, no entretanto, ameaçarão a vida marinha.
Gary Stokes, diretor de operações da OceansAsia
“A poluição plástica mata cerca de 100 mil mamíferos e tartarugas marinhas, mais de um milhão de aves marinhas e um número ainda maior de peixes, invertebrados e outros animais a cada ano”.
As máscaras faciais descartáveis usadas devem ser colocadas nos locais de recolha apropriados, nunca largadas no chão. Esta regra é evidente e válida para qualquer resíduo. Mas o melhor mesmo é combater o problema a montante e escolher, sempre que possível, máscaras reutilizáveis.
Para além da responsabilidade individual, também os governos podem ter um papel decisivo. A OceansAsia recomenda, para além da criação de punições mais severas para quem abandona máscaras no chão, a criação de campanhas de sensibilização junto do público, e ainda a adoção de medidas de incentivo, quer à utilização de máscaras reutilizáveis, quer à investigação para o desenvolvimento de alternativas mais sustentáveis.
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