“O design biofílico faz com que as pessoas adotem comportamentos mais sustentáveis”
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Reconhecimento internacional tem por base uma história natural de quase 400 anos
A Mata do Bussaco será a primeira na Península Ibérica a ganhar a certificação “Healing Forest” – floresta terapêutica ou curativa. O anúncio foi feito pelo presidente da Fundação Mata do Bussaco, Guilherme Duarte, durante a apresentação do Guia de Ecoturismo do Turismo Centro de Portugal, que decorreu no final de outubro de 2024, no Palace Hotel do Bussaco.
“Só estamos a aguardar a tradução do diploma, já fomos notificados dizendo que o processo estava concluído e que irá ser reconhecido internacionalmente”, disse o presidente.
Este reconhecimento internacional, concedido pela Gabinete Internacional de Certificação de Florestas Terapêuticas (GIC), tem por base a história de quase 400 anos da Mata do Bussaco.
“Estamos a falar de árvores únicas, de porte único, de exemplares únicos, que fazem deste espaço único e que permitirá, dentro do devido acompanhamento, poder ser um espaço bom para a saúde pública”, explicou o presidente da fundação que gere a mata localizada no Luso, concelho da Mealhada (distrito de Aveiro).
Foi em 1628 que os primeiros monges carmelitas descalços se instalaram naquela mata e começaram a plantar diversas espécies endógenas e exóticas. Hoje, a propriedade de 105 hectares exibe elementos como eucaliptos-gigantes, enormes sequoias ou o maior adernal do mundo. Diversos percursos, como o Trilho das Árvores Admiráveis, estão disponíveis ao público para apreciar todas a sua beleza natural.
Já em dezembro de 2017, esta mata foi classificada como Monumento Nacional e é candidata a Património Mundial da UNESCO.
Agora, com a certificação “Healing Forest”, a Mata Nacional do Bussaco entrará para a rota do turismo de saúde e bem-estar, “abrindo portas a um novo tipo de turista visitante, através da oferta de experiências especiais e estimulantes, que promovem a saúde e a melhoria da qualidade de vida, contribuindo, desta forma, para uma longevidade saudável da população em geral”, destacou Guilherme Duarte.
Entre os critérios para as florestas ganharem o selo “Healing Forest” estão:
Esta avaliação é feita pelo Gabinete Internacional de Certificação de Florestas Terapêuticas, organismo criado em 2021 dentro da Sociedade Internacional de Terapia de Floresta (ISFT) que, por sua vez, foi criada pelo Ministério da Economia, Infraestruturas, Turismo e Trabalho do Estado Federal de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, na Alemanha.
Com a criação da certificação “Healing Forest” pretende-se garantir um padrão de qualidade nas florestas utilizadas para fins terapêuticos, contribuindo, desta forma, para a consciencialização do valor da natureza, para a sensibilização da situação climática atual e para a melhoria da saúde do planeta.
Assim, a primeira “Healing Forest” foi conhecida em 2022: uma floresta na Áustria “ligada a um mosteiro onde se tratam pessoas com problemas cardiovasculares e do sistema músculo-esquelético”, explica Stefanie Frech, responsável do GIC, em entrevista à iNature, plataforma de promoção do Turismo de Natureza nas áreas classificadas da Região Centro. Na Alemanha também já existem duas “Healing Forest”.
Além de Portugal, estão em curso outros processos de certificação na Áustria, Eslovénia e Alemanha. Há ainda manifestações de interesse oriundas da Finlândia, Lituânia e da Grécia, de acordo com a responsável que acompanhou a certificação da Mata do Bussaco.
Para ganhar a certificação “Healing Forest”, as florestas “têm de cumprir um conjunto de critérios que permitem avaliar de forma padronizada e equitativa qualquer floresta no mundo e, caso esses critérios sejam cumpridos, assegurar a sua qualidade para a prática da Terapia de Floresta, através da certificação”, explica Stefanie Frech.
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