Eurythenes plasticus foi o nome dado à nova espécie.
Foi num dos lugares mais remotos do Pacífico, nas profundezas do oceano, que foi descoberto um novo tipo de crustáceo. A quase 7.000 metros de profundidade, entre o Japão e as Filipinas, exemplares da nova espécie foram encontrados com vestígios de plástico PET, o material mais comum no fabrico de garrafas de água e outras embalagens utilizadas no dia-a-dia. Para a equipa de cientistas da Universidade de Newcastle responsável pela investigação, esta descoberta representa bem o quão longe já chegou o uso inconsciente que a humanidade tem feito do plástico.

Simbolicamente, a nova criatura marinha foi batizada de Eurythenes plasticus, ainda que os investigadores tenham esperança de que nem todos os espécimes estejam contaminados por partículas de plástico. No artigo científico que apresenta e descreve o Eurythenes plasticus, é referido logo no resumo que, apesar da espécie ser nova para a ciência e “viver numa zona remota”, não está “isenta dos impactos da poluição antropogénica.” É mais um sério alerta para o impacto da poluição por lixo plástico e para a responsabilidade individual nas escolhas de consumo e utilização responsável que fazemos deste e de outros materiais.
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