Artur Bordalo, ou Bordalo II, transforma lixo em Arte. As suas instalações icónicas, que geralmente representam animais em vias de extinção, servem como metáfora para o que está a acontecer no mundo. O lixo que destrói ecossistemas, a fauna que desaparece. Os nossos resíduos, lixo de uma sociedade consumista, são a matéria-prima do artista. Com obras espalhadas por todo o mundo, Bordallo II não tem dificuldade em encontrar material para as suas instalações, tal é a quantidade de plástico, metal e lixo tecnológico que encontra espalhado em aterros, sucatas e na rua.
“Acordo de Paris” é a mais recente exposição do artista português, inaugurada no final de janeiro na capital francesa. O Acordo de Paris marcou, de forma quase histórica, a definição de medidas para combater as Alterações Climáticas mas a discussão não é recente. Este é um alerta de que é necessário agir urgentemente para travar problemas como o aumento da temperatura média global e o degelo.
Nesta exposição, Bordalo usou apenas plástico encontrado no lixo e na rua. Sobre a mensagem global que pretende transmitir com a sua obra, o artista apela à reflexão sobre o consumo responsável e não deixa de referir a responsabilidade das grandes marcas na produção sustentável.
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