Vamos continuar a investir na produção nacional!
Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, a propósito do Dia da Produção Nacional 2024 (26 de abril)
Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, a propósito do Dia da Produção Nacional 2024 (26 de abril)
Uma atividade simples, mas significativa: abraçar uma árvore e partilhar o momento nas redes sociais. A VERDE lançou o desafio
A mudança necessária para reagir à adversidade terá de ser global e em várias frentes. E as empresas terão um papel determinante
Por Francisco Ferreira, Presidente da associação ZERO
Sabe qual o peso de 450 aviões comerciais? Aproximadamente 175 mil toneladas. E sabia que foi exatamente 175 mil toneladas a quantidade de resíduos de embalagens encaminhados para reciclagem em Portugal, no primeiro semestre de 2019? De facto, os sinais são positivos e os portugueses estão a reciclar mais, tendo sido registado, entre janeiro e junho deste ano, um crescimento de 11%, face ao mesmo período no ano passado.
Se olharmos em particular para o caso das embalagens de plástico, o desempenho foi igualmente positivo, atingindo as 30 mil toneladas, o que equivale a um aumento de 5% no total de embalagens encaminhadas para reciclagem.
A mudança de hábitos, comportamentos e atitudes é pilar estratégico nesta área. Implica uma racionalização no uso de embalagens e produtos que tenham no plástico a sua matéria-prima e deve estar associada a uma consciencialização sobre as potencialidades da economia circular. Potencialidades que se podem explicar com exemplos muito concretos:
10 garrafas de água colocadas no ecoponto amarelo podem dar origem a um par de calças;
Se todas as embalagens de plástico colocadas em Portugal em 2018 fossem recicladas, conseguiríamos poupar a extração de 1630 toneladas de petróleo.
Mas esta mudança não se faz unilateralmente e não deve ser imputada a apenas um agente. Exige atuação de governos, de empresas e de todos nós, cidadãos.
No que diz respeito aos governos, é importante que sejam adotadas políticas públicas que promovam a reciclagem. A Comissão Europeia, por exemplo, atenta à questão dos plásticos e ao seu papel na economia circular, aprovou, em 2018, uma estratégia europeia para o plástico numa economia circular que tem como meta acabar com as embalagens de plástico descartáveis na União Europeia em 2030. Algumas das medidas passam por fomentar a inovação, financiando projetos para a criação de materiais plásticos mais inteligentes e mais recicláveis e aumento da eficiência do processo de reciclagem.
É igualmente importante que as empresas tenham o seu contributo ativo em matéria de reciclabilidade. No caso da Sociedade Ponto Verde, contribuímos para esta evolução através do “Ponto Verde LAB”, um projeto direcionado aos operadores que tenham responsabilidade, direta ou indireta, pela colocação de embalagens no mercado (seja fabricantes de matérias-primas, fabricantes de embalagens, profissionais de design e embaladores). Trata-se de uma ferramenta efetiva para divulgação de informação e conhecimento, que permita apoiar estes agentes no desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis através de aplicação de princípios de ecodesign.
E, sem dúvida, é crucial o papel e a intervenção de todos nós, cidadãos-consumidores e empresas. Em primeiro lugar, é importante perceber que o plástico existe, tendo associados benefícios comprovados em questões de segurança e acondicionamento de produtos, mas devemos assumir a responsabilidade de uma utilização consciente, assente na reutilização e na reciclagem.
Em suma, mudar atitudes e comportamentos dados como adquiridos para sempre será o grande desafio da humanidade no século XXI. É o regresso ao princípio de que nada se perde, tudo se transforma. O ecoponto amarelo é apenas um ponto de partida.
Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, a propósito do Dia da Produção Nacional 2024 (26 de abril)
Uma atividade simples, mas significativa: abraçar uma árvore e partilhar o momento nas redes sociais. A VERDE lançou o desafio
A mudança necessária para reagir à adversidade terá de ser global e em várias frentes. E as empresas terão um papel determinante
Por Francisco Ferreira, Presidente da associação ZERO