A DECO relembra alguns gestos importantes para um consumo mais responsável.
A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor associou-se ao Plástico Responsável Continente para partilhar algumas dicas sobre consumo sustentável. O mote é também uma reflexão e um convite à ação: se não agirmos agora, como será o futuro do nosso planeta?
Quem nunca ouviu falar em economia circular? O conceito não é novo e é muito mais do que a separação de resíduos em casa e a correspondente reciclagem. É certo que estes gestos são fundamentais, mas esta noção inclui também a redução, reutilização, recuperação de materiais, bem como uma gestão sustentável da água e energia. A economia circular é também recusar o uso único e descartável dos produtos
Ao “velhinho” R de RECICLAR, juntam-se os R de REUTILIZAR, REFAZER e REPARAR produtos, dando-lhes novas utilizações e até formatos, pensando em novos padrões de consumo. Este é o desafio que lançamos a todos os consumidores: adotar hábitos diferentes de compra e ser imaginativo no fim de vida dos produtos.
Antes de ir às compras, não se esqueça de levar a lista de produtos (essenciais), sacos e/ou recipientes. Algumas dicas:
Todos acumulamos bens que já não usamos. A chamada “tralha” pode ser o princípio de tanta solução positiva para a Terra e para a nossa carteira.
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, a produção total de resíduos urbanos em Portugal continental foi, no ano de 2020, de aproximadamente 5, 01 milhões de toneladas (+0,1% face a 2019). Nestas toneladas de lixo, muito dele plástico, certamente encontramos produtos que poderiam ser recuperados ou reutilizados. No nosso planeta não há matéria-prima suficiente para acompanhar a produção (desenfreada, por vezes) de produtos, nem tão pouco área disponível para fazer desaparecer todos os produtos que já descartámos.
A tal “tralha” pode conhecer outro fim que não o contentor de resíduos. Por exemplo, a roupa em perfeitas condições que já não usámos ou não nos serve poderá partilhada com amigos, familiares ou instituições de solidariedade. Mesma aquelas peças de vestuário já gastas poderão ser renovadas como panos para limpeza.
Os livros escolares ou recreativos, os brinquedos e outros acessórios dos miúdos que agora já são adolescentes servirão para ajudar outras crianças. Não só liberta espaço em casa, como protege o meio ambiente e faz feliz outras famílias.
E são tantos os gestos simples de dar novas vidas aos objectos. É só dar largas à imaginação e arregaçar as mangas: aproveitar recipientes e frascos para guardar compotas, especiarias, mercearia, pregos, parafusos e outras peças. Recuperar peças de mobiliário, aproveitar material de escritório e papel, não desperdiçar sobras alimentares… enfim, ideias não faltarão a todos os consumidores.
É urgente reparar eletrodomésticos, outros equipamentos e produtos. A via da reparação é gratuita do período da garantia e é sempre possível. A troca imediata do bem não é a solução mais sustentável. Com a reparação do produto consegue-se evitar o desperdício.
Finalmente, não se esqueça da reciclagem! Uma máquina de lavar tem metal e plástico que podem dar origem a novos produtos, caixas de cartão que podem ser transformadas em novas caixas ou em papel higiénico, metal de uma lata que pode vir a ser incorporado num carro.
Repensando o consumo, reutilizando, reparando e reciclando estamos a diminuir a nossa pegada ecológica e proteger o planeta. Um pequeno gesto do consumidor pode contribuir para que todos, produtores, distribuidores, empresas, retalhistas, famílias, mudem o seu comportamento.
Este conteúdo foi publicado com a colaboração da DECO. Siga a Associação nas redes sociais e consulte o site sempre que precisar.