Desde o momento em que decide acolher um animal, passando pela alimentação, até ao banhos.
A companhia dos animais é terapêutica para o ser humano e, por isso, procuramos sempre ser os melhores donos possíveis. Esta tarefa exige também a preocupação com a pegada ambiental. Afinal, escolhas mais sustentáveis privilegiam o ambiente e a própria saúde dos animais.
Deixamos aqui algumas dicas que o podem ajudar na missão de cuidar do seu “melhor amigo” de forma mais eco-friendly.
Se ainda está a pensar em trazer um patudo para dentro de casa, opte por adotar um animal de rua, de uma ninhada indesejada ou através de uma instituição. Desta forma, ajuda a reduzir e conter a sobrepopulação de animais de rua, o que acarreta um grande impacto ambiental. Dados do primeiro Censo Nacional de Animais Errantes, lançado este ano, apontam para cerca de um milhão de animais abandonados nas ruas em Portugal.
Quando o assunto é alimentação, opte por rações à base de peixe ou frango, uma vez que a sua produção gera menos emissões que as restantes. É também importante não exceder as porções recomendadas para o seu animal, no sentido de evitar problemas de saúde relacionados com o peso.
Há uma grande variedade de snacks disponíveis para os animais, algumas importantes para manter a sua saúde oral e digestiva. Ao escolher, opte por snacks com composições naturais, com maior quantidade de cereais na sua composição, por exemplo.
Também pode intercalar com snacks como legumes e frutas, mas tenha atenção quais os que pode ou não ingerir. Por exemplo, cenouras e aipo são ótimos snacks crocantes, ricos em nutrientes e que beneficiam a saúde oral do seu cão, quando este não apresenta nenhuma restrição alimentar, como explica o Centro Veterinário de Cascais.
Cuidado apenas com as frutas e legumes proibidos para cães, como por exemplo, uvas, cerejas e abacate.
Os tapetes higiénicos são uma forma de educar os animais, ensinando onde devem fazer as suas necessidades, sobretudo quando são ainda bebés. Estes produtos, ao contrário de opções com as folhas de jornal, têm a vantagem de não deixar o odor propagar-se pela casa.
No entanto, estes muitas vezes são descartáveis e levam séculos a decompor-se. Pelo que, na hora de escolher, prefira opções biodegradáveis ou, pelo menos, reutilizáveis. Já para recolher os dejetos na rua, lembre-se de recorrer a sacos biodegradáveis. Há opções compostáveis – sacos feitos de fibras naturais levam entre 3 a 6 meses a decompor. Se tiver um gato, opte por areia ecológica.
NOTA: os dejetos, quer sejam de cão ou qualquer outro animal, não devem ser colocados no compostor doméstico ou no saco de recolha de resíduos orgânicos.
Se tiver o cão, e se este não apresentar grandes sinais de sujidade, pode optar por uma solução natural, que se pode fazer facilmente em casa (e aprovada por veterinários): basta dissolver seis colheres de bicarbonato de sódio em três litros de água morna e usar essa mistura.
O bicarbonato de sódio é um produto de limpeza e desodorizante natural para o seu cão. Ainda assim, aconselhe-se sempre com o seu veterinário, relativamente aos produtos e também à frequência dos banhos. Para poupar água na hora do banho, lembre-se de utilizar um balde em vez de utilizar diretamente a mangueira ou o chuveiro.
Já aconteceu os seus animais ignorarem os brinquedos e preferirem sapatos, cortinas ou outros elementos da casa? Pois bem, para evitar este desperdício, opte por recorrer a peças de roupa ou peluches velhos para servir de brinquedo para o seu pet. Se tiver um gato, uma caixa de cartão com algumas tampas de garrafas de plástico coladas pode ser um presente perfeito para que se divirta a arranhar.
E por falar em reciclagem, quando pensar em descartar algum dos produtos dos seus animais, lembre-se que tem sempre a opção de doar a um abrigo. O princípio aplica-se também a medicamentos. No caso de sobrarem comprimidos depois de algum tratamento, não deixe que passem de prazo e ajude uma associação.
Se precisar de mudar de água, lembre-se de utilizar a anterior para alimentar as suas plantas. A água dos aquários sujos enche-se de fitoplâncton (conjunto de micro-organismos aquáticos) e de diversos nutrientes benéficos para as plantas.