Investir no conforto ou na estética de casa pode levantar um grande problema: o que fazer com as peças de móveis de que já não gostamos?
Muitas vezes são peças inteiras que ocupam espaço a mais e não sabemos onde depositá-las – ou até como removê-las de dentro de casa. Outras vezes são apenas algumas partes de um móvel ou um objeto decorativo que, com um simples toque, podem ganhar uma nova vida.
Neste sentido, restaurar ou mesmo reciclar materiais para construir algo novo são opções mais sustentáveis para o planeta, uma vez que evitam o uso de novos recursos provenientes do abate de árvores.
No entanto, se for das pessoas que dizem não ter “jeito” ou paciência para dedicar-se a este trabalho, pode sempre vender a empresas que assegurem a reciclagem ou reutilização dos móveis ou doar a organizações que os encaminhem para outras pessoas.
Estes são alguns dos projetos em Portugal que o podem ajudar:
É no Mercado da Ajuda, em Lisboa, que decorrem desde 2021 os workshops gratuitos de recuperação de móveis de Guida Costa Santos. Mais concretamente na oficina Ripas.
Este projeto é apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa, a qual disponibiliza os “monos” recolhidos da rua. Cada participante escolhe um móvel e, com a ajuda de Guida, aprende a fazer o diagnóstico, a definir um processo e a utilizar as ferramentas que estão à sua disposição no espaço.
Os participantes têm apenas que pagar os consumíveis (tintas, diluentes, lixas, luvas, etc.).
Se tem um móvel da IKEA do qual se quer livrar, saiba que a empresa o pode comprar de volta. Mas não são todos os móveis. A empresa disponibiliza uma lista de produtos elegíveis, assim como uma ferramenta para estimar o valor que irá receber por ele. No entanto, o valor é pago em cartão de reembolso, para que volte a gastar o valor nas lojas IKEA. Este projeto da empresa sueca chama-se 2ª vida.
Caso queira substituir a mobília de casa, pode sempre doar os móveis para que encontrem outras casas. É aqui que entra a organização não-governamental REMAR. Dedicada a ajudar quem mais precisa, a organização detém Casas de Acolhimento por todo o país, pelo que aceita doações de mobiliário para estes espaços. A REMAR garante a recolha dos móveis em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Gaia, Braga, Évora, Leiria, Viseu e Algarve. Para isso, basta apenas contactar a empresa, através do seu site, e agendar a recolha dos bens. Além de móveis, pode também doar vestuário, eletrodomésticos, equipamentos informáticos, maquinaria, entre outros valores.
Muitas autarquias oferecem um serviço gratuito de recolha de móveis, seja através de agendamento prévio ou através de um dia fixo para a recolha. Pelo que, se tiver um móvel cuja recuperação seja realmente difícil, pode sempre contactar a câmara municipal da sua área de residência.
Lembre-se que, em alguns locais, abandonar os “monos” na via público pode implicar multas.