Diga não a um romance tóxico com o ambiente.
Diga não a um romance tóxico com o ambiente.
Os artigos habitualmente associados ao Dia dos Namorados e os típicos presentes trocados nesta altura não são, de todo, a cara-metade da sustentabilidade. Rosas envolvidas por uma fina camada de plástico, postais plastificados, bombons em invólucros individuais, balões, presentes embrulhados em plástico… Não entre num romance tóxico com o ambiente.
Deixamos-lhe aqui algumas ideias para reduzir o plástico desnecessário ou até dispensá-lo por completo, sem abdicar do que realmente interessa.
Seja uma única flor ou um bouquet, numa fina camada a envolver as flores ou na forma de pequenos acessórios prescindíveis ou substituíveis (como alfinetes ou decoração), o plástico é ainda muito usado na arte floral.
Mas há alternativas mais ecológicas e requintadas, como tecido de fibras naturais que pode depois ser reaproveitado, folhas de plantas ou mesmo casca de um ananás.
Em vez de um arranjo de flores, pode oferecer à sua parceira ou parceiro, uma planta viva que vai ficar bonita por muito mais tempo. Suculentas, como o aloé vera, ou catos são uma escolha segura mesmo para quem é mais descuidado.
Prefira vasos em cerâmica em detrimento do plástico. Além de serem mais elegantes, se quebrarem, tem a hipótese de os reparar com um pouco de cola e imaginação.
Caso não dispense um belo postal do Dia de São Valentim, evite os plastificados. Sim, o plástico dá brilho ao papel, mas não precisa de artifícios para fazer um brilharete junto do seu par.
O plástico nos postais, mesmo que seja separável do papel, não pode ser reciclado. Escolha um postal mais simples e invista tudo na mensagem romântica.
Ou então, faça o seu próprio postal em papel-semente, um papel reciclado com sementes no interior. É muito simples e no final pode ser semeado. Veja aqui como fazer.
Um clássico do Dia dos Namorados. Não, não tem que riscar este item da lista. Só precisa ter atenção ao rácio de plástico para a quantidade de produto.
Privilegie embalagens de cartão, sem chocolates embrulhados individualmente.
Comprar a granel também é boa opção, mas o melhor mesmo é meter as mãos na massa e preparar os bombons em casa! Experimente esta receita de trufas caseiras ou esta de bombons de chocolate, framboesa e aguardente velha.
Os balões podem ser fabricados em nylon ou em látex. Estes últimos são apresentados com frequência como biodegradáveis porque são produzidos a partir de uma borracha natural. Há no entanto que ter cautela com o conceito de biodegradável.
Os balões de látex, além de terem na sua constituição alguns químicos (para dar cor ou aumentar a durabilidade, por exemplo), não se degradam tão rapidamente como o rótulo “biodegradável” parece sugerir. Podem na verdade demorar anos para se decomporem na natureza e, até lá, têm tempo para provocar estragos. Não são recicláveis e, se descartados de forma errada, podem ser confundidos por animais com alimento, muitas vezes acabando por bloquear os seus tratos digestivos e respiratórios e até levando à morte.
O nosso amor consegue bem viver sem balões, certo? O ambiente agradece.
O embrulho mais comum é em papel, com um laço de plástico. Podíamos ficar-nos por sugerir alternativas interessantes para o laço, mas vamos mais além.
Substitua o papel descartável por algo mais ecológico. Folhas de jornal ou páginas de uma revista que tenha por casa (por exemplo, páginas de uma revista de viagens alusivas a destinos que planeiam visitar) são uma boa opção.
Para o laço ou atilho, use um fio natural, como ráfia, fio de juta ou corda de sisal.
Ou então opte por um embrulho furoshiki, envolvendo o presente num pedaço de tecido, num lenço ou num cachecol. Veja abaixo algumas técnicas.
Esperamos que se deixe inspirar por estas pequenas dicas e que tenha um ótimo Dia dos Namorados, com mais amor e menos plástico.