A camada de ozono e sua relação tóxica com o ser humano
Todos já ouvimos falar dela mas será que sabemos o que realmente é? Como se forma e como protege a vida no planeta? E como a atividade humana está a destruí-la?
Ocupam 70% do planeta mas permanecem um mistério. Os oceanos são o nosso maior ecossistema e é vital agir para sua conservação
A existência humana e toda a vida no planeta Terra dependem dos oceanos. Estes ecossistemas cobrem três quartos da superfície do planeta e proporcionam recursos naturais que nos dão alimentos, medicamentos, biocombustíveis, entre outros produtos, e ajudam a decompor e a eliminar resíduos. Não obstante, o potencial científico não explorado dos oceanos continua a ser enorme.
Apesar de tudo o que os oceanos nos dão, a sua exploração irresponsável tem causado nas últimas décadas danos que ameaçam gravemente a saúde de todo o planeta. O descarte de plástico, a pesca furtiva ou o descarregamento de químicos tóxicos nas águas são exemplos de como a atividade humana tem causado a degradação preocupante destes ecossistemas.
Para combater este problema, as Nações Unidas declararam, em 2008, o Dia Mundial dos Oceanos. Celebra-se a 8 de junho, com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de cuidar da vida nos oceanos. Afinal, o 14º dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU visa a conservação e utilização sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.
#1 – Os oceanos concentram 97% da água existente no planeta, produzem 50% do oxigénio que encontramos na atmosfera e absorvem cerca de 23% das emissões anuais de dióxido de carbono geradas pela atividade humana. São por isso um importante aliado no combate às alterações climáticas;
#2 – São o maior ecossistema do mundo: mais de 90% da vida existente no planeta Terra é aquática. Até agora conhecemos quase um milhão de espécies que habitam os oceanos. No entanto, a grande maioria destas espécies já viram as suas populações reduzidas devido à degradação causada pela atividade humana;
#3 – Mas as profundidades dos oceanos são ainda um mistério: cientistas acreditam que apenas conhecemos cerca 5% dos oceanos e que é incalculável a quantidade de espécies ainda por descobrir;
#4 – Os animais mais antigos que existem no planeta Terra vivem debaixo d’água: as esponjas do mar podem ter sido os primeiros animais a habitar a Terra, de acordo com uma investigação recentemente publicada na revista científica Nature que dá conta da descoberta de fósseis com 890 milhões de anos no noroeste do Canadá. Mas há outros que também estão cá desde a pré-história, como o tubarão-enguia (ou tubarão-cobra), que vive no oceano há 150 milhões de anos, o caranguejo-ferradura (ou límulos), presente no planeta há 445 milhões de anos (e que apresenta propriedades antibacterianas no seu sangue azul, fundamentais para a segurança das vacinas humanas) ou a água-viva, por cá há 505 milhões de anos;
#5 – É na Antártida que encontramos a água mais salgada do planeta (e lembre-se que pouco mais de 2% da água do planeta é doce). Concretamente no lago Don Juan, cuja quantidade de sal corresponde a 40% do peso da sua água e por isso nunca congela, mesmo estando a temperaturas extremas. Esta quantidade representa quase o dobro do sal presente no Mar Morto, que é cerca de oito vezes mais salgado que qualquer outro mar ou oceano;
#6 – O nível médio da água do mar subiu entre 10 a 25 centímetros nos últimos 100 anos. Se todo o gelo do mundo derretesse, os oceanos subiriam 66 metros;
#7 – Estima-se que mais de três milhões de embarcações encontram-se naufragadas no fundo dos oceanos. Aí, estarão escondidas inúmeras peças cujo valor, segundo a National Geographic, pode superar o de todas as peças expostas nos museus de todo o mundo;
#8 – O descarte de plástico é um dos comportamentos humanos mais prejudiciais para os oceanos: cerca de 8 milhões de toneladas de resíduos de plástico acabam nos oceanos, todos os anos. Chegam por via fluvial e concentram-se em grandes rios e seus principais afluentes. Do plástico que se acumula no fundo dos oceanos, estima-se que cerca de 90% são artigos de uso único, como sacos de plástico. Em 2021, a ONU estimava que os oceanos continham mais de 17 milhões de toneladas métricas de plástico e este valor pode “duplicar ou triplicar” até 2040. Se mantivermos este ritmo de descarte, sem reciclagem, a ONU acredita que em 2050 teremos mais plástico que peixes nos oceanos;
#9 – Atualmente, o pH médio dos oceanos é de 8,1: isto quer dizer que é 30% mais ácido que na época pré-industrial. Esta acidificação ameaça a sobrevivência da vida marinha e a nossa própria segurança alimentar;
#10 – A saúde dos oceanos está intrinsecamente ligada à nossa: a biodiversidade marinha oferece oportunidades muito importantes para a indústria farmacêutica. Além disso, o sector da pesca dá trabalho a 57 milhões de pessoas em todos o mundo e constitui a principal fonte de proteína para mais de 50% da população de países menos desenvolvidos. No entanto, a pesca furtiva é também uma das maiores ameaças aos oceanos. Pelo que é essencial assumir escolhas sustentáveis sempre que compramos o nosso peixe, privilegiando produtos com certificações que nos garantem que advém de práticas de pesca responsável e que respeita os seus ecossistemas.
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